sábado, 11 de abril de 2009

MEU CONTATO COM GOMORRA E O RESPEITO AOS “DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS” (+ UMA INDICAÇÃO DE FILME)


Desde que passei a freqüentar a Comunidade Gomorra com certa regularidade (certa, nos dois sentidos do termo), não foram poucos os questionamentos por que eu passei, seja no que se refere ao enfrentamento de minha própria moralidade, seja no que se refere aos sustos que minha insaciedade erotógena provoca em alguns dos membros desta comuna (Rafael Coelho à frente). Nunca escondi de ninguém (sequer de mim mesmo) que sou um religioso (teísta da gema) nem que tenho uma relação muito esquisita com o sexo, visto que não o pratico de modo convencional, mas saúdo-o diuturnamente, em cada ato de meu viver.

Escutando (contra a minha vontade, diga-se de passagem) algum destes programas televisivos que forçam uma religiosidade extremada e patenteada em virtude da suposta comemoração sacra envolvendo o final da quaresma, comecei a pensar no quanto eu ainda sou obediente aos “10 Mandamentos da Lei de Deus” e no quanto estes servem mais a regras pequeno-burguesas de conduta do que ao valioso Deus propriamente dito. Eis algumas de minhas reflexões respeitosas, portanto:

- Mandamento 1: “Amar a Deus sobre todas as coisas”

Reflexão: como sou uma espécie de panteísta, considero que todas as coisas são Deus também. Portanto, além de amar infinitamente o meu conceito mui pessoal de Deus, sempre que me demonstro apaixonado por alguma música, filme ou pessoa (Rafael Maurício, por exemplo), tenho consciência de que estou amando muito a Deus neste processo. Por isso, acho que obedeço piamente a este mandamento!

- Mandamento 2: “Não invocar o Santo Nome de Deus em vão”

Reflexão: nenhum pequeno ato de vida é considerado vão para mim. Sendo assim, tenho certeza que Deus se sente valorizado (se é que Ele é um conceito antropomorfizado) sempre que pronuncio seu amado nome.

- Mandamento 3: “Guardar o dia de sábado” (ou domingo, a depender da tradução oportunista)

• Reflexão:
ah, o próprio Jesus, quando de sua vinda à Terra, aboliu este mandamento, com o qual nunca concordei ou talvez nunca tenha entendido ou achado válido. Portanto, ignoro-o!

- Mandamento 4: “Honrar pai e mãe”

Reflexão: não conheço meu pai e trato minha mãe Rosane como se fosse uma pessoa (admirável) qualquer. Por isso, não preciso ficar me preocupando com isto. Amo-a como ser vivo, como criatura com quem eu gosto de conviver, mas ela também se equivoca e, quando o faz, a gente busca métodos válidos de concordância como todo mundo, ora bolas!

- Mandamento 5: “Não matar”

• Reflexão:
este eu obedeço cegamente. Não mato sequer animais que me assustam, como cupins ou carrapatos, mas sou favorável á eutanásia e, se um dia minha mãe estiver com câncer e pedir que eu a desfaleça letalmente com comprimidos, confesso que não terei pudor em fazê-lo.

- Mandamento 6: “Não pecar contra a castidade”

• Reflexão:
o que é isso?

- Mandamento 7: “Não roubar”

• Reflexão:
prefiro abordar o tema por outra via: “não desejar conquistas materiais”, “não desejar ter”. Uma coisa invalida a outra, portanto!

- Mandamento 8: “Não levantar falso testemunho”

• Reflexão:
sou radicalmente contra a mentira! Em minha opinião, tudo o que possa ser chamado de “crime” ou “pecado” advém dela, portanto...

- Mandamento 9: “Não desejar o cônjuge do próximo”

Reflexão imediatista: e se ele quiser que eu assim o faça?

- Mandamento 10: “Não cobiçar as coisas alheias”

Reflexão: mandamento repetitivo e desnecessário, em virtude de já existir o Mandamento 7, ao que acrescento: “não cobiçar sequer as suas próprias coisas”.

Ao que concluo: puxa, como estou precisando de uma experiência sexual com pessoas de ambos os sexos ao mesmo tempo! Lembro que já tive a sorte de proto-namorar uma menina e um menino simultaneamente e que um dos primeiros filmes a considerar “perfeito” chamava-se “Três Formas de Amar” (1994, de Andrew Fleming), sobre uma menina que, acidentalmente, é hospedada numa república masculina de estudantes e se apaixona por um ‘gay’, que, por sua vez, está completamente deslumbrado por um dos meninos mais bonitos da universidade, que demonstra interesses avançados pela menina acidentalmente instala numa república masculina de estudantes. Acho que este foi o filme que mais marcou a possibilidade de sonhar em minha adolescência – e, por mais que ache o filme deveras comercial se visto hoje, não tenho como evitar de me empolgar: o tratamento conferido à suposta “liberdade (de variação) sexual” é lindo, uma verdadeira aula para os membros mais (in)saciados de Gomorra...

Wesley PC>

Um comentário:

Rafael Maurício disse...

putz gosto muito desse filme
assisti por assisti
não gosto do ator q faz o hétero
porem me surpreendi
gostaria de revê-lo