sexta-feira, 10 de abril de 2009

OU DO TEMPO, QUE TRANSFORMA...


Quando saía do banho hoje, sem ter me enxugado, sou repreendido ternamente por Juliana Aguiar, que disse que, se eu continuasse a fazer isso, vestir-me ainda molhado, poderia adquirir alguns fungos que contêm bactérias fatais. Na mesma hora em que ela me falou isso, lembrei duma preciosa memória infantil, quando, me frente a um programa da TV Bandeirantes, ouvi que era bastante saudável não se enxugar após o banho em épocas de extremado calor, pois isto ajudava a queimar calorias. Não duvido de que Juliana esteja certa e de que suas intenções sejam as melhores possíveis, mas é estranho perceber-me traído assim por memórias que considerava tão preciosas.

Uma das doenças que a tal prática de vestir roupas molhadas pode causar é a famosa candidíase, muito comum entre mulheres que (não) usam calcinhas. A doença em pauta é causa pela bactéria ‘Candidas albicans’ (vide foto) e pode desencadear conseqüências insalubres terríveis, desde uma simples e recorrente coceira até o nascimento de caroços semelhantes a verrugas que, na melhor das hipóteses, deteriora visualmente o importante aspecto externo da genitália humana.

Além de entrar em conflito com o aparentemente falacioso conselho televisivo sobre a perda voluntária de calorias durante o ato de se secar ao vento, lembrei de outra famosa divergência educacional: ao passo em que éramos rigorosamente proibidos de vermos fotos de pênis ou vaginas (mesmo para propósitos educacionais) na escola, éramos levados pelos professores para contemplarmos aquelas horrorosas fotografias de órgãos sexuais carcomidos pelo cancro mole, sífilis ou doenças do gênero. Sendo eu um ser religioso que prefere louvar o Bem ao invés de reclamar do Mal, pergunto: por que esta tendência vitoriosa em educar pelo medo? Por quê?

Wesley PC>

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