segunda-feira, 2 de março de 2009

O MARACATU DELE PESA UMA TONELADA!


Esqueci de contar esta estória: em setembro, quando viajei a Pernambuco pela primeira vez, estava sentando na sala de minha anfitriã, tranquilamente, ás 23h, vendo um filme de terror. De repente, ouço ruídos um tanto festivos. Era tarde, um dia qualquer, por isso estranhei a razão da folia. Como era época de eleição, pensei se tratar dalgum candidato político mais rebelde. Fui à janela e, que surpresa: vi um caboclo de lança, sozinho, percorrendo ruas, cantando, comemorando, festejando. Pelo que entendi, ele fazia isso sempre que desejava conseguir dinheiro para beber. Não resisti: pedi à irmã da minha anfitriã para ver de perto a cena.

Descemos apressados e conseguimos alcançar o caboclo, que estava caindo de bêbado, mas ainda frenético, cantando e dançando, ciente de que o que ele fazia era mais do que parte marcante de uma tradição estadual: era uma paixão, era algo que urgia em seu peito musical. Fiquei emocionado. Foi lindo! Só assim eu entendi o que Cláudio Assis quis dizer no final maravilhoso do filme “Baixio das Bestas” (2007). Ah, vocês não viram o filme? Então, pode ser esta a primeira sugestão para o Cine-Gomorra desta quinta-feira?

Wesley PC>

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