sexta-feira, 6 de março de 2009

ATENDENDO AO CHAMADO...


Ao contrário do que me ocorre naturalmente todos os dias, hoje não sinto que preciso entupir o ‘blog’ com textos. O Cine-Sodoma de ontem foi tão surpreendente, tão agradável, tão reflexivo, que necessito de um pouco mais de silenciosa digressão.

Na noite de ontem, vimos uma obra máxima do Pier Paolo Pasolini, fiz as pazes com o (corpo do) Baiano – supondo que alguma vez tivéssemos brigado (risos) – , contemplamos a amplitude da bunda de Aline Aguiar de camarote, ouvimos uma reclamação justa de Eliane Charnoski (falávamos todos muito alto quando faltou energia!) e vimos Cleidson Carlos peidar compulsivamente enquanto tentava explicar algo relacionado à teoria einsteiniana da relatividade e os socos na parede. Rimos bastante, o filme causou a comoção que esperava e pessoas novas ou raras visitaram Gomorra (Carlos Henrique, José Fernando Gramoza, Aline Cruz, etc.).

Foi uma noite tão agradável para mim, uma alvorada tão graciosa, que resta-me utilizar aqui as palavras cantadas do Chico Buarque, que ouvi quando estava indo para casa, às 5h30’ da manhã, paar justificar como eu me sinto agora (talvez não somente eu, aliás)...

“Pra se viver do amor
Há que esquecer o amor
Há que se amar
Sem amar
Sem prazer
E com despertador
- como um funcionário

Há que penar no amor
Pra se ganhar no amor
Há que apanhar
E sangrar
E suar
Como um trabalhador

Ai, o amor
Jamais foi um sonho
O amor é feroz
Faz em nós
Um estrago medonho

É por isso que se há de entender
Que amar não é um ócio
Se precaver
Que amar não é um vício
Amar é um sacrifício
Amar é um sacerdócio
À luz do abajur

É por isso que se há de entender
Que amar não é um ócio
Se precaver
Amar não é um vício
O amor é um nobre ofício
O amor é um bom negócio”



São por estas e outras que Gomorra sobrevive!

Wesley PC>

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