domingo, 1 de março de 2009

ANEDOTA ANTI-ERÓTICA DA VIDA REAL...


Não sei quem está à parte do assunto, mas, na última sexta-feira, eu e Rafael Coelho viajamos para a cidade de Malhador, onde passamos o fim de semana na chácara de um professor amigo de Henrique. Glauco e Max chegaram no sábado, mas, na sexta-feira, estivemos somente eu, meu amigo semi-luporídeo, Henrique e os dois filósofos que põem comida em seus pratos na imagem. Num dos jantares, em meio a dispensáveis piadas contra minhas idiossincrasias vegetarianas e conversas sobre um dado aluno de História que não me sai do pensamento, ouvi uma estória real que me deixou intrigado.

Segundo Jorge, nosso anfitrião, lá em Rio de Janeiro, onde ele vive, há um conhecido que, durante toda a sua juventude, renegou com violência paqueras homossexuais, recusava qualquer contato com as práticas pederásticas, mesmo que de forma tangencial. “Sou macho!”, fazia ele questão de gritar aos quatro ventos. Homens se apaixonavam por ele, mas desapareciam iludidos. Até que, aos 45 anos de idade, aparentemente bem-casado, o conhecido de nosso anfitrião embriaga-se e, sabe-se lá como, faz sexo com outro homem. Daí por diante, sua vida muda. Apaixonou-se completamente pelo referido parceiro sexual, larga mulher, suas obrigações convencionais e adverte a família que quer viver com alguém do mesmo sexo. Compra uma casa afastada e começa uma vida nova ao lado de seu amado.

Até que, um dia, seus vizinhos flagram-no clamando por socorro em frente a sua casa. Gritava ele que havia matado alguém. Quando os vizinhos penetram na residência, a fim de conferir o acontecido, descobrem o parceiro sexual do conhecido de nosso anfitrião jazendo morto na cama, completamente nu. Ele havia estrangulado por acidente seu amante, enquanto praticava sodomia. Levado a julgamento, aos prantos, o protagonista desta surpreendente estória real fora perdoado pelo crime de homicídio sem dolo. Fora inocentado, mas enlouqueceu. Desperdiçara boa parte de sua vida alimentando preconceitos desnecessários...

Só por esta estória, a viagem para a qual Coelho me convidou já valera muito a pena. Mas vem muito mais por aí... Deixa só eu me recuperar do impacto!

Wesley PC>

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