quarta-feira, 4 de março de 2009

INTUIÇÃO (como parte do processo de falar doutras coisas)


Só conheço uma pessoa que tenha visto o filme “Cargo” (2006, de Clive Gordon). Não é um filme a ser lembrado, mas, desde que li sobre ele na revista de TV a cabo, fiquei com uma curiosidade estranha em vê-lo. Talvez o chamariz do belo ator juvenil alemão Daniel Brühl destaque-se, mas algo me fez gostar do inusitado da trama: “um mochileiro europeu entra como clandestino num navio que transporta pássaros raros contrabandeados na África e descobre algo de errado na viagem”. A sinopse era mais ou menos essa, boba, mas ainda assim sedutora.

Vi o referido filme há poucos minutos e, ao contrário da única pessoa que conheço que tenha visto o filme, gostei. Ela deu nota 1,0. Eu dei 7,2 (sou destes que dá nota para filmes). Em verdade, o que me seduziu no filme, para além de seu clima de aventura verossímil, foi uma cena inusitada, logo nos minutos iniciais: depois de roubar algumas pessoas na cidade africana em que se encontrava, o protagonista do filme invade um navio e flagra um loiro imenso masturbando-se nu em frente a um espelho. Dizia ele: “eu sou uma máquina, eu sou um animal”. Quando percebe que está sendo observado por um clandestino, a primeira coisa que ele ameaça é: “se tu contares isso para alguém, eu te mato!”. E o filme segue...


(Insosso não quer dizer necessariamente ruim)


Wesley PC>

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