quarta-feira, 4 de março de 2009

COMO SE FAZ PARA SER INSIGNIFICANTE HOJE EM DIA?


Parece fácil, mas não é!

Acordei às 6h30’ de hoje. Com dificuldades, mas acordei. Ferreirinha estava se montando na cozinha, enquanto eu me recuperava da madrugada conflituosa, seja por causa do filme do afetado George Cukor, seja por causa da reclamação do Perfeito, seja por causa de minha incapacidade de deixar Marcos em paz (fiquei enviando mensagens para ele às 3h da manhã).

Tive algum pesadelo esquisito e decidi ir calado para a minha aula de Química I. O professor faltou. Conversei um pouco com Henrique lá em Gomorra e fui em direção à UFS. Como não tive aula, resolvi passar no DAA, lugar a que dediquei 6 anos de minha vida (em tempo integral). Incluí mais 3 matérias em meu horário, matérias que eu não consigo ter interesse em estudar, mas que tento, tento... Quando fui falar com minha chefa acerca de qualquer definição sobre minha volta ao trabalho, ela relutou sequer em me olhar nos olhos. Entendi a mensagem: acho que não vai ter como renovar meu contrato. Me lasquei!

Por algum estranho motivo, por mais que esta péssima notícia tivesse me baqueado, não conseguia me concentrar nesta dor. Fui mecanicamente em direção à Didática I, onde teria aula de Cálculo Numérico. No caminho, cabisbaixo, ouço sons de uma bicicleta descendo a escada. Olho para cima e... Quem era? Quem era? Como se não me bastasse... Ele sorriu, eu retribuí, tímido, envergonhado. Marcelino me cumprimentou. Marcos sentiu a necessidade de apertar a minha mãe. O fiz com um prazer desesperado, mas tinha que correr, tinha que assistir à aula. Pensamento cheio, pesaroso...

Na aula, tinha sono, cochilava. O professor (mau-encarado, mas parecendo boa pessoa) tinha um sotaque espanhol e inventou de falar comigo: “Qual seu nome? Qual seu curso?”. Respondi ambas as questões e tentei ficar quieto, inane, prestando atenção. Em dado momento, ele me interpela novamente: “Estás com sono?”. Dei de ombros. Ele insistiu: “Estás cansado?”. Fiquei envergonhado, queria emudecer. Tentei. Escrevia a lição com a cara quase enfiada no caderno. Quem disse que adiantava?


“Quando a paixão é surda e muda, é cega, não sossega
Fica no corpo até morrer”
(Haroldo Barbosa)

Wesley PC>

Um comentário:

Annita! disse...

Belíssimo poema do fim...
nooossa!!!!
são por essas coisas que ainda vale a pena vir aqui...
nossa!
Um maravilhoso dia a todos vcs!!!
Carpie Diem!