quarta-feira, 11 de março de 2009

APROVEITANDO A DEIXA SADEANA, UM CONVITE:


Quem quiser conhecer aquele que, em minha opinião, é “o filme mais insuperavelmente revolucionário de todos os tempos”, não deixe passar a oportunidade de (re)ver “Uivos Para Sade” (1952), obra-prima do situacionista Guy Debord, na residência de Rafael Maurício Silva, ás 19h15’. Trata-se de 63 minutos do mais radical experimentalismo artístico, em que telas negras e silenciosas (que podem durar de 30 segundos a 24 minutos!) revezam-se com telas brancas discursivas, em que são narrados suicídios promulgados pelo capitalismo, artigos jurídicos sobre o reconhecimento legal do desaparecimento voluntário de uma pessoa e testemunhos acerca do que é (ou deve ser) o amor num contexto extremamente libertário. É uma obra-prima singular. Única, insubstituível, que talvez só seja suportável de ser vista uma vez (tentarei hoje minha segunda empreitada visual), mas que não sairá das mentes de seus espectadores jamais, jamais, jamais...

“O que vamos ver agora não é nenhum filme. O cinema está morto. Não é possível mais fazer nenhum filme. Se vocês desejarem, podemos passar para uma discussão”, pregam Guy Debord e seus correligionários.

Eu topo a discussão! Alguém mais se habilita?


Wesley PC>

Um comentário:

Pseudokane3 disse...

Num mundo ideal, talvez desse certo...

Talvez as pessoas aceitassem o convite e, assim sendo, talvez o evento acontecesse...

Mas não vivemos num mundo ideal...

Fazer o quê?

Gosto muito do mundo em que estou, mesmo assim!

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