tag:blogger.com,1999:blog-55814427298278460272024-03-14T03:54:56.397-03:00Comunidade GomorraGomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.comBlogger4018125tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-59683529197032588892015-03-16T12:09:00.001-03:002015-03-16T12:09:41.677-03:00“PESSOAS ABSTRATAS COSTUMAM CAMINHAR BASTANTE!”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-DdsVr-DGazQ/VQbx41oXxuI/AAAAAAAAOxM/b10QpQyygiE/s1600/A%2BDan%C3%A7a%2Bda%2BRealidade%2B(2013).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-DdsVr-DGazQ/VQbx41oXxuI/AAAAAAAAOxM/b10QpQyygiE/s400/A%2BDan%C3%A7a%2Bda%2BRealidade%2B(2013).png" /></a></div>
O veredicto foi dado por uma bela rapariga, aficcionada por egiptologia e mapas astrais, quando conversávamos sobre um amigo em comum, que dançara bastante na madrugada de sexta-feira para sábado, enquanto eu fazia amor com alguém que amo. Na ocasião, eu externava um pesadelo metalingüístico que me intrigara na noite anterior: uma amiga que padece de câncer lecionava Matemática Computacional, disciplina técnica em que, sabe-se lá por qual motivo, eu encontrava-me matriculado. Porém, não lembrara que era manhã de prova, não estudei. Sendo inevitável tirar zero na prova, sentei-me no fundo da sala, onde um rapaz desconhecido que morava num dos bairros mais difamados de Aracaju solicitava-me que eu falasse com sua avó falecida, visto que ele presumia que eu um médium potente. De fato, comecei a ouvir a voz da idosa morta há algum tempo, mas despertei e percebi que a voz provinha de um aparelho de TV no quarto ao lado, onde meu irmão e minha cunhada dormiam. Estranhei, entretanto, a posição de minha cama. Olhei para o calendário: estávamos em 1988. Despertei novamente, francamente assustado!<br />
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Amanheceu, e passavam das dez horas: havia marcado para estar em casa de um amigo às 9h, onde veríamos juntos “A Dança da Realidade” (2013), filme mais recente do genial Alejandro Jodorowsky. Infelizmente, não apreciei deveras o pendor indulgente acerca da tirania paterna nesta autobiografia fantasiosa de seu genial diretor. A amiga mencionada no primeiro parágrafo tremia de emoção, ao passo em que eu e o anfitrião nutríamos uma antipatia tangencial pelo conteúdo do filme. Noutro canto da cidade, o rapaz para o qual o veredicto do título servia de carapuça era tachado de “inimigo do ritmo”, por ter dançado de forma desengonçada na madrugada. Disse-lhe eu, via SMS, como consolo sincero, nesta manhã de segunda-feira: “<i>ritmo não possui inimigos; inimigos, sim”</i>. Era o meu veredicto!<br />
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Wesley PC>
Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-25856697720960493892015-03-13T13:53:00.001-03:002015-03-13T13:53:47.263-03:00NO AFÃ POR UMA TENTATIVA DE CONTINUIDADE... <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-ogNPekaEnUE/VQMUTff9i9I/AAAAAAAAOw8/0QRHBcaOiZY/s1600/tens%C3%A3o%2Be%2Bdesejo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-ogNPekaEnUE/VQMUTff9i9I/AAAAAAAAOw8/0QRHBcaOiZY/s400/tens%C3%A3o%2Be%2Bdesejo.jpg" /></a></div>
Eu sei que é (ou parece) repetitivo, mas prefiro deixar tudo bem claro, explicar à exaustão o que mais me preocupa em relação a ti: não alimento tantas expectativas quanto tu temes, no que tange à obtenção de algo que ainda não obtive, mas, pelo contrário, o que anseio é pela manutenção do que já consegui! Tua beleza é algo que me satisfaz, que me inebria, que me dá forças para seguir em frente...<br />
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Quão exultante fiquei, na manhã de hoje, ao saber que, dentro de algumas horas, terei acesso a mais um filme dirigido pelo magistral e versátil Alfredo Sternheim: estou precisando deveras! É como se, pouco a pouco, aquilo que nunca saiu de mim voltasse para mim, retornasse a um terreno de manutenção identitária que, se pareceu interrompido, foi porque nem todos compreendem o quanto isso é essencial...<br />
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Não adianta o quanto eu me esforce para te explicar que não se deve desprezas as opiniões alheias, mas não devemos deixar-nos guiar apenas por seus julgamentos equivocados e superficiais. Os nossos pareceres mui pessoais acerca daquilo que desejamos para nós mesmos deveria ser levado em consideração numa situação dessas, não crês? Eu sei que, por dentro, sim, tu concordas comigo. Que custa admitir? Não é uma luta, meu bem, estamos do mesmo lado!<br />
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Como esta é apenas uma tentativa de continuidade, uma confirmação de afã, não posso ir além disso: <b>diálogo, </b>eis o que tenho para te oferecer! De resto, como bem sabes, eu sigo na torcida: quero te ver bem, contente, ciente do que estás a fazer e aproveitando-se não apenas de maneira egoísta, mas com vistas ao bem-estar alheio também. Entrosamento comunitário é isto: sim, o <b>amor </b>existe! E rima com tua presença diante de mim...<br />
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Wesley PC>Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-31011550581929067572015-03-13T12:51:00.004-03:002015-03-13T12:51:55.610-03:00ATENDENDO A PEDIDOS, OU ALGO PARECIDO... <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-20PXQzFgd38/VQMHTL2Bf9I/AAAAAAAAOws/r7w020uInM0/s1600/Take%2BThis%2BWaltz.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-20PXQzFgd38/VQMHTL2Bf9I/AAAAAAAAOws/r7w020uInM0/s400/Take%2BThis%2BWaltz.gif" height="170" width="400" /></a></div>
Na manhã de hoje, recebi um SMS perguntando o porquê de este ‘blog’ estar abandonado. Em verdade, não há uma razão específica, mas sim um cabedal de empecilhos típicos dos tempos hodiernos: o trabalho que oprime! Desde que comecei a desenvolver as minhas atividades como <b><i>operador de telemarketing</i></b> – mesmo que funções desenvolvidas e horários não sejam desagradáveis – percebo-me progressivamente afastado de meus desabafos cibernéticos: a nova realidade exige reações imediatas!<br />
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Ao longo desta semana, exasperei-me tanto no trabalho (não em relação aos clientes, mas sim por causa de defeitos de ‘hardware’ e administração) que cheguei mesmo a adoecer, a somatizar a minha cólera. Mas tudo há de se resolver, diz a lenda.<br />
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Focando nalgo que seja positivo, sinto-me na obrigação de elogiar reiteradamente a maravilha de filme que é “Entre o Amor e a Paixão” (2011), de Sarah Polley, que avança muito mais em relação a seu ótimo e emocionante longa-metragem de estréia, “Longe Dela” (2006). No filme mais recente, Michelle Williams interpreta uma mulher amargurada que, mesmo sendo feliz no casamento, apaixona-se por outro homem e, ao efetivar a substituição de afetos em sua vida, constata que o que lhe falta é, de fato,<i> aquilo que lhe faz falta</i>. E isso não se sabe, não se define, se <u>sente</u>! Chorei diante do filme e, ainda hoje, passados alguns dias do término da sessão, quedo emocionado. O mundo é um lugar maravilhoso, e, mesmo que nem sempre pareça, eu vos asseguro: <b>estou aqui!</b><br />
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Wesley PC>
Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-33531339324321115142015-01-10T12:21:00.000-03:002015-01-10T12:22:40.082-03:00DE QUANDO A ADESÃO PASSIONAL A UMA CAUSA REDUNDA EM COMPORTAMENTOS MERCENÁRIOS, POR FALTA DE ADESÃO...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-jMKsS54w7hs/VLE_66mki4I/AAAAAAAAOuM/bMXjvmyMFMs/s1600/Edgar%2BRam%C3%ADrez%2Bbanhando-se%2Bem%2BCARLOS.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-jMKsS54w7hs/VLE_66mki4I/AAAAAAAAOuM/bMXjvmyMFMs/s400/Edgar%2BRam%C3%ADrez%2Bbanhando-se%2Bem%2BCARLOS.png" height="170" width="400" /></a></div>
Infelizmente, a versão do extraordinário "Carlos, o Chacal" (2010, de Olivier Assayas)a que tive acesso era deveras reduzida: o canal aberto Band exibiu a versão com pouco mais de três horas de duração, duas horas e meia a menos que o original. Seja como for, o filme estava muito bem remontado e compactado: fiquei impressionado com tudo o que senti durante a sessão!<br />
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Na obra, o ator venezuelano Édgar Ramírez interpreta o terrorista venezuelano que assume a alcunha do título. No primeiro terço do filme, ele deixa claro que age em nome de uma causa ideal antiimperialista. E está disposto a matar quem quer que seja (inclusive os amigos) por conta disso. No segundo terço, ele seqüestra importantes políticos que negociavam questões petroleiras mundiais. No terço final, ele adquire câncer testicular e é preso. Entre uma e outras partes, cenas de nudez (reduzidas na versão compacta, óbvia e infelizmente), sexo com armas, elã combativo, incompreensão, traições, desistências, vida real sendo reconstituída na tela...<br />
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Fiquei - muito mais que impressionado - escandalizado com o quanto me identifiquei em relação às contradições do personagem real, reiteradas pelo diretor, que ostenta um incrível viés politicamente autocrítico em suas obras recentes. Inspirado por uma delas, inclusive ["Depois de Maio" (2012)], agi impetuosamente no primeiro dia de 2014 e externei uma fúria que, incontida, desencadeou o fim de uma amizade relativamente harmônica perante diferenças de classe irreconciliáveis. Tudo indica que, neste ano conseguinte (vi os dois citados filmes assayasianos no primeiro dia de seus respectivos anos), rupturas semelhantes irão acontecer. Cabe a mim estar preparando para a inevitável solidão conseqüencial. Tal e qual ocorreu em relação ao protagonista do filme de 2010, aliás.<br />
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Vale acrescentar que a minha paixão extremada pelo personagem não deveu-se apenas à identificação com suas crises ideológicas nem tampouco com a atuação fortemente empática de Édgar Ramírez ou pelo tom aderente da direção, mas porque a personificação física de Carlos me fazia pensar com vigor nalguém que não vejo há mais de uma semana, por causa da rotina exaustiva (ao menos, em termo de horários) de meu novo trabalho como atendente de telemarketing. Estou sofrendo uma violenta crise de abstinência seminal, entre inúmeros outros problemas de readpatação. <b>É hora de ser forte, Wesley. </b>E de banhar-se também!<br />
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Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-79989945517438016792015-01-01T19:35:00.003-03:002015-01-01T19:35:59.934-03:00“APESAR DE ELES SEREM BRANCOS, A ALMA DELES É DA COR DA MINHA PELE!”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-XuN9lz-NEBA/VKXLV7jxtUI/AAAAAAAAOt8/2dmBZxodaUE/s1600/O%2B%C3%89brio%2B(1946).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-XuN9lz-NEBA/VKXLV7jxtUI/AAAAAAAAOt8/2dmBZxodaUE/s400/O%2B%C3%89brio%2B(1946).jpg" height="300" width="400" /></a></div>
Assim exclama a empregada mulata do protagonista de “O Ébrio” (1946, de Gilda de Abreu), grande sucesso de bilheteria escrito e protagonizado pelo cantor Vicente Celestino.<br />
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Hesitei em ver este filme por muito tempo, em razão de sua longa duração (124 minutos), mas, nesta tarde de primeiro dia do ano, não pude mais evitar: sentei-me com minha mãe e torcemos para que o personagem-título conseguisse se livrar de seu vício alcoólico e, afinal, perdoasse a sua esposa enganada e, por conseguinte, enganadora. <i>“Eu disse que a perdoaria, mas não que me reconciliaria com ela”, </i>acrescenta. Minha mãe apreciou bastante o filme. Eu curti, mas o achei deveras irregular e um tanto envelhecido em suas inserções cômicas em meio ao tom de melodrama do roteiro. No elenco, Walter D’Ávila, muito engraçado e caricatural. Enquanto isso, meu irmão mais novo bebe...<br />
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Wesley PC>
Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-82806737359107192312014-12-24T13:23:00.001-03:002014-12-24T13:23:43.996-03:00"O MUNDO É BOM! O MUNDO É BOM!"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-IFzCjsIv4uY/VJrns8OVgcI/AAAAAAAAOts/vHmbuA6i2DM/s1600/Marfa%2BGirl%2B(2012).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-IFzCjsIv4uY/VJrns8OVgcI/AAAAAAAAOts/vHmbuA6i2DM/s400/Marfa%2BGirl%2B(2012).png" height="224" width="400" /></a></div>
Para além de todo e qualquer clichê crente positivamente repetido, dormi e acordei contente por causa dum filme recente e infelizmente ignorado pelos críticos: "Marfa Girl" (2012, de Larry Clark).<br />
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Na trama, como sói acontecer na obra do diretor, jovens andam de 'skate', fodem, fumam maconha, ouvem músicas, agem, vivem, amam... O maior indício de maturidade em relação às obras anteriores deste diretor de quem sou fã é o tratamento dado aos personagens adultos, não mais tão amplamente estereotipados como outrora. Tudo bem, um e outro defeito composicional persiste, mas o tom conciliador do filme me veio em excelente hora. Amei esta produção <i>feliz</i>!<br />
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Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-11913369731150797812014-12-20T11:21:00.002-03:002014-12-20T11:21:52.636-03:00 PARA QUEM ESTEJA ESTRANHANDO O MEU APARENTE SUMIÇO - PARTE 2<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-VVtsBn8pmFU/VJWFuLBobQI/AAAAAAAAOtU/OC2JiRIkhfM/s1600/Wesley%2Bsegurando%2Ba%2BCarteira%2Bde%2BTrabalho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-VVtsBn8pmFU/VJWFuLBobQI/AAAAAAAAOtU/OC2JiRIkhfM/s1600/Wesley%2Bsegurando%2Ba%2BCarteira%2Bde%2BTrabalho.jpg" height="400" width="239" /></a></div>
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Pelo menos, ainda sei abrir vasos de azeitonas... <br />
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E sim, <b>continua</b>...<br />
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E sim, sim, eu voltarei: eu tendo a voltar!<br />
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Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-34960625749593582302014-12-20T11:19:00.001-03:002014-12-20T11:19:55.551-03:00PARA QUEM ESTEJA ESTRANHANDO O MEU APARENTE SUMIÇO - PARTE 1<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-zvwW4Ag--J4/VJWE8hYj10I/AAAAAAAAOtM/dBcHqF0ZpI4/s1600/Zac%2BEffron%2Bem%2BNAMORO%2BOU%2BLIBERDADE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-zvwW4Ag--J4/VJWE8hYj10I/AAAAAAAAOtM/dBcHqF0ZpI4/s400/Zac%2BEffron%2Bem%2BNAMORO%2BOU%2BLIBERDADE.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
Quem me conhece, sabe que sou indiscreto. Talvez até me conheça justamente por isso. Não é um adjetivo que eu rejeite, aliás, visto que, politicamente, careço dele como ponto de partida expressivo: para mudar uma situação que discordamos, é preciso incomodar e, para tanto, ser indiscreto é mais que essencial, é estratégico!<br />
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Pois bem, defender esta perspectiva levou-me a ser tachado de "afastador confesso de pessoas que gostam de mim", via SMS, nesta manhã de sábado. Não sei até que ponto devo considerar esta expressão demeritória uma exclusividade, mas, pelo visto, devo anexá-la ao meu currículo particular de vida: de fato, em minha vida, pessoas que gosto (e/ou que gostavam de mim, para aproveitar a definição alheia) afastaram-se deste que vos escreve. Quem sabe elas retornem (estarei aguardando por elas, não duvidem), mas, independente do que tenha engendrado tais afastamentos, sou menos um réu confesso que uma testemunha subjetiva dos fatos: culpabilidade e pretensa coerência política andam lado a lado neste caso. Ou, ao menos, penso assim, o que talvez contribua para afastar mais e mais pessoas ("que gostam de mim", não esqueçamos o complemento pontual) daqui por diante. Uma pena. Lidar com aquilo que nos define e que ofende a outrem é uma lição diuturna, que me ensinaram involuntariamente desde o meu primeiro espancamento no Ensino Fundamental. Já sou Mestre em Comunicação Social, mas continuo aprendendo esse tipo de coisa: nunca é tarde para aprender - e, melhor ainda, nunca se sabe de onde podemos tirar as lições mais valiosas!<br />
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Continuando: quem conversou comigo nos últimos dias, acompanhou um desgaste de um dilema pessoal, que parece chistoso, mas é muito sério. Muito sério mesmo! Ao longo desta semana, na empresa em que estou trabalhando hodiernamente, assisti a uma palestra sobre Segurança do Trabalho que explicou o quão perigoso é agachar-se nos vasos sanitários. Tão perigoso que é alçado à categoria de advertência punitiva. Algo compreensível, dentro do contexto. O problema é que, desde que me entendo por gente (e produtor de merda, por conseguinte), nunca aprendi a sentar na privada: sou daqueles que se acocoram - ou que, pelo menos, até anteontem, se acocoravam. Um detalhe muito íntimo, reclamariam alguns, mas que, na angústia que desencadeou em mim, assumiu ares de reflexão política: até que ponto o simples ato de defecar indica algo sobre a classe social de uma pessoa ou sobre o seu caráter? O desconforto extremo que experimento quando tento me sentar (e eu juro: estou tentando arduamente) é um ponto de partida auto-responsivo!<br />
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Não por coincidência, no filme hollywoodiano aparentemente trivial que vi ontem à noite ["Namoro ou Liberdade?" (2014, de Tom Gormican)], o personagem de Zac Efron utiliza o vaso sanitário de maneira absolutamente heterodoxa. O motivo: apesar de seu vigor juvenil atlético, ele ingerira pílulas de Viagra para exibir uma potência sexual exacerbada em seus flertes noturnos intencionalmente descompromissados. E, quando vem a necessidade de urinar, a ereção perene o impede de aliviar-se fisiologicamente. Esta disfunção possui alguma correlação política (ou ideológica)? Ao invés de responder, firmarei um compromisso convosco:<b> não me suicidarei neste Natal.</b> Por mais que eu tenda a afastar mais pessoas "que gostam de mim". É um compromisso!<br />
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Wesley PC><br />
Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-53013264042979332102014-12-07T19:26:00.000-03:002014-12-07T19:26:57.672-03:00NÃO É QUE EU NÃO SAIBA O QUE DIZER, MAS, ÀS VEZES, A ANGÚSTIA SE INSTALA DE MANEIRA TÃO SUTIL QUE... <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-1Ac0tanZ50E/VITSblX7crI/AAAAAAAAOs8/WUK7Wwh8BcE/s1600/Desiderio.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-1Ac0tanZ50E/VITSblX7crI/AAAAAAAAOs8/WUK7Wwh8BcE/s400/Desiderio.png" height="302" width="400" /></a></div>
...as frases quedam incompletas. Ou melhor, são completadas, mas recebidas incompletamente. Há o que chamamos de <i>ruído </i>na comunicação!<br />
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Tentando explicar de outro forma: desde que vi "Nono Mandamento: Não Desejar" (1946, co-dirigido por um tal de Marcello Pagliero), fiquei tão impressionado que resolvi adentrar numa maratona com os filmes menosprezados do genial cineasta Roberto Rossellini (1906-1977), maratona esta que é adiada faz tempo. Li, inclusive, uma autobiografia do diretor e constatei o quanto, para além de seu catolicismo fiel, ele é obcecado por mulheres. Quem mais ousaria mostrar uma fêmea humana nua em 1946? Sabendo-se que o filme foi filmado em 1943, a interrogação fica ainda mais alarmante!<br />
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Ah, mas ainda não deu para entender o que eu quero reclamar aqui?! Digamos que hoje é domingo, quando escrevo estas parcas palavras. Domingo, hoje é domingo, dia da semana que mais me apavora. Um domingo de dezembro, mês do ano que mais me assusta. Um conjunto de superstições, talvez. Domingo, quarta-feira, sábado, são todos dias da semana repletos de possibilidades. O mesmo acerca dos meses e dos anos e dos séculos e séculos, amém.<br />
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Preciso tomar banho! Talvez lavar os pratos e/ou escolher o que ver mais tarde. A maratona complementar do Alfred Hitchcock (1899-1980) foi adiada. A adolescência da Elizabeth Taylor conseguiu me convencer. Ao final, o cachorro foi salvo, o amor é mais forte. Minha mãe sorriu, vendo algo na TV. Agora, ela resolveu sentar-se na varanda, reclamando do claro. Também sinto claro, numa miríade de sensações que não descarta uma tristeza distanciada. Deixa ela lá. Por ora, ainda reflito. E completo as frases que parecem incompletas... Reticências!<br />
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Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-70212274035115804052014-12-04T21:42:00.000-03:002014-12-04T21:42:49.099-03:00DE COMO SE RENASCE COM AS ATRIBULAÇÕES... <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-txj2KXlsgYg/VID9LIS_6rI/AAAAAAAAOss/RS3IkDPXnPE/s1600/The%2BKnick%2B(01x01).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-txj2KXlsgYg/VID9LIS_6rI/AAAAAAAAOss/RS3IkDPXnPE/s400/The%2BKnick%2B(01x01).png" height="222" width="400" /></a></div>
Nos últimos dias, por conta de obrigações pré-empregatícias, estou sendo obrigado a suplantar minhas necessidades cinematográficas diuturnas,por enquanto compensadas através da audiência cuidadosa a incursões de Robert Altman e Steven Soderbergh em produções televisivas. Antecipei algo sobre o assunto nesta<a href="http://www.fotolog.com.br/pseudokane3_5/241000000000044927/"> confissão pessoal</a>, mas careço recomendar com fervor adicional "The Knick" (2014), cujo primeiro episódio, "Method and Madness" me impressionou deveras. Logo na abertura, uma tentativa de parto a fórceps, onde mãe e filho morrem. Minutos depois, um dos médicos se suicida com um tiro na cabeça. O que sobrevive é promovido a um cargo administrativo, mas é flagrado por uma de suas enfermeiras numa crise de abstinência de cocaína, de modo que ela precisa injetar a droga numa das veias de seus pênis. O que se segue são muitas intrigas (algumas, policialescas em excesso), mas fiquei positivamente chocado com o que vi. O mesmo sendo dito acerca de eventos recentes: até um apelido eu recebi! Sou chamado agora de Superchoque por meus colegas de curso pré-trabalhista. Era só o que me faltava!<br />
<br />
Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-62373986789895765132014-11-29T12:16:00.001-03:002014-11-29T12:16:43.656-03:00HORA DO CHÁ DE BOLDO!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-fy4cioqaSJg/VHni7HqZXyI/AAAAAAAAOsc/B42tVjzeKPs/s1600/cart%C3%A3o%2Bfinal%2Bde%2BO%2BHOMEM%2BDA%2BCRUZ.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-fy4cioqaSJg/VHni7HqZXyI/AAAAAAAAOsc/B42tVjzeKPs/s400/cart%C3%A3o%2Bfinal%2Bde%2BO%2BHOMEM%2BDA%2BCRUZ.png" height="302" width="400" /></a></div>
<br />
Tomara que esse enjôo passe logo...<br />
Afinal de contas, o mundo é bom!<br />
E o homem é amigo do homem.<br />
<br />
Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-24025391075693910272014-11-29T11:54:00.001-03:002014-11-29T11:54:34.842-03:00A CERCA DO PRURIDO ANAL: <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-PhF3Zin6ECw/VHncGT3_eXI/AAAAAAAAOsM/fGBOx6wKtnA/s1600/folder.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-PhF3Zin6ECw/VHncGT3_eXI/AAAAAAAAOsM/fGBOx6wKtnA/s400/folder.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
"<b>O que é o prurido anal?</b><br />
<br />
<i> O prurido anal é uma situação relativamente frequente, que se caracteriza por comichão à volta da região anal, resultando numa vontade irresistível de coçar esta área. Muitas vezes surge durante a noite, com o calor da cama, ou após a defecação. </i><br />
<br />
<b> O que provoca o prurido anal? </b><br />
<br />
<i>Existem diversos factores responsáveis. Pode ser devido à limpeza excessiva (lavagens repetidas) da região anal, à umidade desta área, como acontece em resultado de sudorese marcada ou de fezes líquidas e irritantes. Diversas bebidas podem também ser responsabilizadas (cerveja, leite, sumos de frutas ácidos, bebidas com cafeína – café, cola -, bebidas com teína – chá preto), assim como alguns alimentos (chocolate, frutos, tomates, ameixas). Existem ainda outras causas como hemorróidas, fissuras, infecções anais, alergias locais, eczemas, dermatites, parasitas. </i><br />
<br />
<b>Pode ser resultado de falta de higiene local?</b><br />
<br />
<i> Pode, embora a tendência natural assim que apareça a comichão seja a de lavar a região anal de forma vigorosa, o que só vai agravar o problema por traumatizar a pele e por eliminar substâncias oleosas naturais".</i><br />
<br />
As informações proctológicas acima foram retiradas deste<a href="http://www.proctos.pt/Tratamentos/Pruridoanal/tabid/84/Default.aspx"> 'site' proctológico lusitano</a>, deveras visitado por mim nos últimos dias, desde que me deparei com vermes galináceas em meu quintal. Obviamente, ter me deparado com aquelas áscaris tão nojosas me fez enjoar, de modo que, desde a noite de ontem, sinto-me acometido por uma violenta diarréia, que está me assustando particularmente, visto que, daqui a pouco, precisarei ir para o meu futuro trabalho, onde um dos colegas é aficcionado pela banda 'pop' norte-americana (vendida como "alternativa") Imagine Dragons. Não por acaso, esta banda é também a favorita de um rapaz que me evita lancinantemente, de modo que, a fim de senti-lo próximo, atrevi-me a ouvir o disco com atenção, desde que ele foi premiado num evento musical anglofílico recente, o American Music Awards, comentado entusiasticamente <a href="http://gomorra69.blogspot.com.br/2014/11/eu-tenho-vocacao-para-critico-de-musica_24.html">aqui</a>. <br />
<br />
Sendo bastante sincero, não achei "Night Visions" (2012) um disco ruim. Apensa chato, cansativo, um tanto formulaico em seu tom consolador. Mas a faixa de abertura "Radioactive" (01) e a muito executada "Demons" (04) merecem meu elogio pessoal. Elas <b>funcionam</b> <i>(se é que não preciso me explicar acerca do uso íntimo deste verbo...)</i>!<br />
<br />
Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-72766309473804737312014-11-27T10:47:00.000-03:002014-11-27T10:47:25.228-03:00ASSIM CANTAVA A MARY HOPKINS EM 1968: <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-VBNBAkG9IRs/VHcqBITBrzI/AAAAAAAAOr8/W-Zgbjfn4XA/s1600/Those%2BWere%2Bthe%2BDays%2B(1991).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-VBNBAkG9IRs/VHcqBITBrzI/AAAAAAAAOr8/W-Zgbjfn4XA/s400/Those%2BWere%2Bthe%2BDays%2B(1991).jpg" height="264" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i>"Once upon a time there was a tavern</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i> Where we used to raise a glass or two </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Remember how we laughed away the hours</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i> And dreamed of all the great things we would do</i></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i> Those were the days, my friend </i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>We thought they'd never end</i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i> We'd sing and dance forever and a day </i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>We'd live the life we choose we'd fight and never lose </i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>For we were young and sure to have our way</i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i> La la la La la la</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i> La la la La la la</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i> La la la La la</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i> La la la la la"...</i></div>
<br />
Assim cantarola os Cowboys de Leningrado, ao fundo do maravilhoso curta-metragem "Those Were the Days" (1991, de Aki Kaurismäki), que vi na manhã de ontem, antes de iniciar um treinamento empregatício que me deixou deveras ansioso. Tanto que nem dormi direito em seguida. Mas sonhei... <br />
<br />
No sonho, eu e minha mãe saíamos para algum lugar. De repente, eu caminhava sobre os trilhos de uma montanha-russa num parque de diversões abandonado, localizado num bairro (outrora) perigoso de Aracaju. Eu dançava ao lado de uma bailarina profissional e estávamos sendo observados pelos jurados de um 'reality show'. De repente, ao voltar para casa, meu irmão havia usado 'crack', estava triste, amontou pilhas e mais pilhas de papel roído por ratos e, na esquina, uma vizinha lésbica, pedia que eu lhe levasse um pacote de guardanapos. Na esquina da rua anterior, havia um baro com música ao vivo, um rapazola muito jovem encetava uma canção antiga de MPB. E meus irmãos mais velhos demonstravam ciúme de mim e de meu irmão mais novo em relação à minha mãe...<br />
<br />
Acordei!<br />
<br />
Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-81671648137013881922014-11-27T10:33:00.000-03:002014-11-27T10:33:34.355-03:00“O SOFRIMENTO ALIMENTA A FÉ”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-i2OxEHNMCXw/VHcnrBnokBI/AAAAAAAAOrw/VFGaRv_9JnU/s1600/cartaz%2Bde%2BA%2BNAVE%2BBRANCA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-i2OxEHNMCXw/VHcnrBnokBI/AAAAAAAAOrw/VFGaRv_9JnU/s400/cartaz%2Bde%2BA%2BNAVE%2BBRANCA.jpg" height="280" width="400" /></a></div>
Que o cineasta Roberto Rossellini (1906-1977) fosse ideologicamente vinculado ao estoicismo cotidiano, creio que não seja surpresa para ninguém. Mas, para mim, foi um verdadeiro (e delicioso) baque deparar-me com esta grandiosa constatação ao final do difamado “O Navio Branco” (1941), seu longa-metragem de estréia, que vi na manhã de hoje, crente de que era apenas um subproduto fascista...<br />
<br />
De fato, em mais de uma situação, os personagens e/ou figurantes fazem saudações ao ‘Duce’ Benito Mussollini, mas talvez isto fosse uma imposição produtiva mais geral. O filme é sobre um marinheiro apaixonado por uma professorinha que, ao contrário de seus colegas de esquadra, é fiel apenas a ela, escreve cartas apenas para esta moça, enquanto os outros disseminam chavões de amor, duramente retrucados por seu moralismo passional: “<i>para o amor verdadeiro, não importam as palavras ou as fotografias, mas sim os atos”. </i><br />
<br />
No dia seguinte, este marinheiro consegue uma folga, a fim de encontrar a sua amada numa estação de trem. Ele aproveita o deslize de um garçom para furtar uma flor de um arranjo de mesa, mas, quando está prestes a desembarcar, uma batalha irrompe e ele é obrigado a voltar para o couraçado, sendo gravemente ferido no combate. Após duas transfusões de sangue, ele fica hospitalizado e, não por acaso, a enfermeira que fica responsável por seus cuidados é justamente a moça que ele buscava encontrar na estação. O problema é que, sendo enfermeira, ela não pode zelar apenas por ele, não pode ter preferências, mas tratar a <u>todos </u>os pacientes com igual zelo e afeto.<br />
<br />
Antes que o filme chegue ao fim (em aberto) – mas não a guerra, visto que esta perdurou por mais quatro anos – os personagens são elogiados em seu fulgor humanístico, de uma maneira que antecipa bastante o estilo que o diretor adota em “Paisà” (1946), também maravilhosamente musicado por seu irmão Renzo Rossellini. Fiquei apaixonado pelo que vi: é muito, muito amor! Eu estava precisando deveras...<br />
<br />
Wesley PC>
Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-66539198574162628242014-11-24T00:25:00.001-03:002014-11-24T00:25:53.587-03:00EU TENHO VOCAÇÃO PARA CRÍTICO DE MÚSICA? – PARTE II: AS DISTÂNCIAS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-S4ax8r9_PuM/VHKk1E4lpSI/AAAAAAAAOrg/5EGRQ5xfgUo/s1600/nudez%2Bde%2Bum%2Bintegrante%2Bda%2Bbanda%2B5%2BSeconds%2Bof%2BSummer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-S4ax8r9_PuM/VHKk1E4lpSI/AAAAAAAAOrg/5EGRQ5xfgUo/s400/nudez%2Bde%2Bum%2Bintegrante%2Bda%2Bbanda%2B5%2BSeconds%2Bof%2BSummer.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
Quando me sentei diante da TV para assistir ao American Music Awards, premiação musical anglofílica, conforme o nome do evento sintetiza tão bem, minhas expectativas eram tronchas: estava preparando-me para falar mal do apresentador, o insuportável ‘rapper’ Pitbull (que deixou bem claro que não queria ser confundido com um mexicano, apesar de ser fluente no idioma espanhol), bem como dos artistas ‘pop’ que me frustram, como Nicki Minaj e Ariana Grande, por exemplo. À medida que a premiação foi avançando, entretanto, surpreendi-me comigo mesmo ao mudar de idéia e apreciar que estava sendo executado (não tudo, claro)...<br />
<br />
De fato, a mesmice hodierna manifestou-se: Katy Perry recebendo prêmios a rodo, One Direction arrebatando público e votantes, a neozelandesa Lorde confirmando que nem tudo está perdido, etc.. Logo na abertura, uma de minhas artistas ‘pop’ favorita, a belíssima Taylor Swift, que, apesar de ter me decepcionado com seu novo disco, “1989” (2014), cantou uma faixa graciosíssima, “Blank Space”. Enquanto escrevo estas linhas, Diana Ross sobe ao palco. O comentador brasileiro do evento, João Marcelo Bôscoli, elogia quase todo mundo, até mesmo Selena Gomez e a “melhor banda alternativa do ano” (sic) Imagine Dragons. Comecei a prestar atenção otimista ao evento...<br />
<br />
Mais uma vez, Taylor Swift sobe ao palco, agora para receber um premio honorário. Merecido, não vou mentir. A banda juvenil 5 Seconds of Summer foi deveras premiada, mas eles não chamaram muito a minha atenção não, salvo pelos atributos carnais dos integrantes (vide foto – risos). Estou louco para ouvir “Bad Blood” (2013), disco de estréia da banda melancólica britânica Bastille, já devidamente acondicionado em meu computador. Não sei até que ponto o premiado Sam Smith e a bastante reverenciada ‘rapper’ australiana Iggy Azalea me conquistaram, mas talvez eu os dentro de alguns dias, nem que seja por curiosidade analítica. Afinal de contas, sou obrigado a admitir: ao contrário do que eu pensava, a safra musical anglofílica não está tão ruim!<br />
<br />
Em mais de um momento, o citado comentador nacional do evento (transmitido através do canal TNT) frisou que os artistas concorrentes provêm de diversos países, muitos deles da Oceania, inclusive. A estadunidense Fergie está cantando agora, e, antes, a banda de ‘reggae’ canadense Magic! subiu ao palco para cantar a contagiante “Rude” (e seu refrão grudento e delicioso “<i>marry that girl”</i>), em companhia do haitiano Wyclef Jean. Estou me divertindo, ainda que não esteja prestando completa atenção, já que precisei interromper a audiência por alguns minutos para telefonar para um amigo angustiado por supostas perseguições classistas. Mas, insisto: <b>eu estou gostando do que estou vendo e ouvindo. </b>Uau!<br />
<br />
Wesley PC>
Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-58564482812278892422014-11-23T20:22:00.000-03:002014-11-23T20:22:53.637-03:00EU TENHO VOCAÇÃO PARA CRÍTICO DE MÚSICA? – PARTE I: AS PROXIMIDADES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-CGzcckTgSSk/VHJrtdANraI/AAAAAAAAOrQ/bc5liAEstvQ/s1600/folder.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-CGzcckTgSSk/VHJrtdANraI/AAAAAAAAOrQ/bc5liAEstvQ/s400/folder.png" height="380" width="400" /></a></div>
Na tarde de hoje, eu ouvi pela primeira vez o novo disco do grupo mineiro Pato Fu, “Não Pare Pra Pensar” (2014). Tinha relativas expectativas, já que sou um fã devotado da banda, mas não gostei muito do que ouvi. Na terceira vez, entretanto, já posso escolher uma ou outra faixa favorita, providencial...<br />
<br />
A abertura com “Cego para as Cores” é muito bacana, a voz suave de Fernanda Takai não decepciona. Mas há algo de descompassado entre o que ela canta e os seus colegas tocam. Pelo sim, pelo não, enviei a faixa para um amigo daltônico. Talvez a letra lhe diga alguma coisa (risos)...<br />
<br />
A faixa 02, “Crédito ou Débito”, segue o mesmo âmbito descompassado, que também se manifesta outras vezes ao longo do disco, como na faixa-título (04) e na derradeira música do álbum, “Eu Ando Tendo Sorte” (11). O ponto mais baixo do disco, sem dúvida, é a fulambenta “You Have to Outgrow, Rock’n’Roll” (07), interpretada pelo simpático John Ulhoa que, paradoxalmente, também é responsável pela melhor faixa do disco, a inesperada “Ninguém Mexe com o Diabo” (03). Tem tanto a ver com um amante fugidio, que a repeti inúmeras vezes, tornou-se a minha favorita!<br />
<br />
De perto, seguem a previsivelmente agradável regravação de Roberto Carlos, “Mesmo que Seja Eu” (10), a ressurreição colaborativa do cantor Ritchie em “Pra Qualquer Bicho” (09) e a calculada, telenovelesca e quase inoportuna em termos climáticos gerais “Um Dia do Seu Sol” (06), que parece irmã gêmea (no mau sentido vendável, inclusive) da quarta faixa do disco “Muito Mais que o Amor” (2013), do Vanguart, justamente nominada “Meu Sol”. São boas canções, mas parecem repetidas, desgastadas, enjoativas...<br />
<br />
No geral, portanto, o disco não é ruim. Em nota, daria um 6,0 (seis), tanto quanto o fiz, arredondadamente, em relação à produção mazzaropiana que vi com minha mãe mais cedo [o simpático e equivocado “Zé do Periquito” (1960, de Ismar Porto & Amácio Mazzaropi)]. Na pior das hipóteses, veio num bom momento este disco mediano: tem a ver com necessidades diplomáticas de intervenções contra silêncios que me afligem. É um álbum profilático, eu diria.<br />
<br />
Wesley PC>
Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-18740411672260018152014-11-22T10:56:00.000-03:002014-11-22T10:56:24.579-03:00ÀS VEZES, QUANDO VAMOS LIMPAR A BUNDA, APÓS TERMOS DEFECADO, O PAPEL HIGIÊNICO SE RASGA, E NOSSOS DEDOS ENCONTRAM EM CONTATO COM A MERDA. ASSIM SE DÁ O PROCESSO DE RECONTAMINAÇÃO DE VERMINOSES!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-CHhk1i5XyAw/VHCViJMME7I/AAAAAAAAOrA/BqQzFQZVXnw/s1600/Peeping%2BTom.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-CHhk1i5XyAw/VHCViJMME7I/AAAAAAAAOrA/BqQzFQZVXnw/s400/Peeping%2BTom.png" /></a></div>
Não obstante o título longo e um título chulo desta publicação, ela vem a calhar perante o desconforto (físico) que senti enquanto via o elogiado “A Tortura do Medo” (1960), longa-metragem deveras pessoal do diretor britânico Michael Powell, que, aqui, não trabalha com seu companheiro habitual Emeric Pressburger.<br />
<br />
Infelizmente, à época de seu lançamento, este filme foi um terrível fracasso de público e crítica. Seu diretor foi relegado a um ostracismo ocasional por ousar ser genial e tocar em temas tão duros, ainda que o seu formalismo característico demonstre-se um tanto frio aqui, para além da inequívoca pujança conteudística.<br />
<br />
Na trama, um homem atormentado pelos experimentos psicológicos de seu pai (interpretado em breves ‘flashbacks’ pelo próprio Michael Powell) torna-se um ‘voyeur’, que assassina mulheres apenas para vê-las experimentando um medo intenso, que provém da combinação entre um pé afiado no tripé de sua câmera e um espelho deformador. O que o interessa é o pavor extremo, a reação das fêmeas perante a iminência da morte. Até que ele se apaixona. E a relação – para além de sua máxima compatibilidade (a moça é uma escritora de livros infantis, um deles sobre uma câmera mágica, “q<i>ue não pode funcionar sozinha”</i>) – soçobra por conta da perversão dele, que se suicida, tal qual qualquer de suas vítimas...<br />
<br />
Malgrado eu não ter gostado tanto deste filme quanto ele quase me obrigava (o roteiro é fabuloso, mas nem tudo funciona na encenação!), prometi a mim mesmo e a quem estava ao meu lado após a sessão que, da próxima vez que me apaixonar, exibirei este filme para o meu amante vindouro nos encontros exordiais, quando ainda estivermos analisando as nossas afinidades. Será um pacto:<b> tomara que dê certo!</b><br />
<br />
Wesley PC>
Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-79925138188381677222014-11-21T00:57:00.002-03:002014-11-21T00:57:35.061-03:00EU TERIA TANTO A DIZER ACERCA DESTE LIVRO, MAS... DIGAMOS APENAS QUE EU O AMEI!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-JeFP5R27o8w/VG62tUjQa7I/AAAAAAAAOqo/ia6tNvS-_Mw/s1600/IMG1477A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-JeFP5R27o8w/VG62tUjQa7I/AAAAAAAAOqo/ia6tNvS-_Mw/s400/IMG1477A.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
As primeiras cento e duas páginas da edição que possuo do romance 'noir' "O Longo Adeus" (1954), de Raymond Chandler, foram lidas no consultório público de um dentista. As demais duzentas e setenta e oito se espalharam por algumas semanas. Amei o tom melancólico e sarcástico do protagonista, que era, afinal de contas, um solitário, um devoto, um apaixonado. Tudo bem que, ao contrário do que ocorre na versão fílmica de Robert Altman, a afeição entre Philip Marlowe e Terry Lennox é muito mais rápida e fulminante no livro. Mas não é inconvicente nem num nem noutro caso... <br />
<br />
Eu pensava em redigir uma resenha mais detalhada do que o livro me causou, de suas acachapantes reviravoltas, de seus personagens inesquecíveis, de seus diálogos sórdidos e realistas, de suas características literárias ímpares, mas... Fica pruma outra vez! Vou pôr a culpa na correria que me acometeu nesta semana... Mas o livro é excelente, ótimo para se dar de presente!<br />
<br />
Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-4784872509095097362014-11-21T00:37:00.000-03:002014-11-21T00:37:16.016-03:00DISCO E FILME, AGORA, UM INSTANTE... <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Bowyc8G4GZg/VG6yqPqLBQI/AAAAAAAAOqc/_K5Mp9x8Gcs/s1600/Esse%2BMundo%2B%C3%A9%2BMeu%2B(1964).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-Bowyc8G4GZg/VG6yqPqLBQI/AAAAAAAAOqc/_K5Mp9x8Gcs/s400/Esse%2BMundo%2B%C3%A9%2BMeu%2B(1964).jpg" height="291" width="400" /></a></div>
<i>"De dentro da banheira eu tento entender </i><br />
<i>O que sinto exatamente por você </i><br />
<i>Faço muita espuma e no final </i><br />
<i>Já não sei o que é sonho e o que é real </i><br />
<i>Se eu sinto frio no sexto andar </i><br />
<i>Eu me aqueço desenhando um sol </i><br />
<br />
<i>A tempestade bate na janela </i><br />
<i>Sem querer queimei o dedo e apaguei a vela </i><br />
<i>Tento ler meu livro que ficou molhado </i><br />
<i>Já não sei o que é presente e o que é passado </i><br />
<i>Alguém me falou pra eu não cantar </i><br />
<i>Mas se eu te enquadro num pedaço de ar </i><br />
<i>Não posso ignorar os meus desejos </i><br />
<i>Como faz pra continuar?</i><br />
<i>Como amar alguém que nunca vai merecer? </i><br />
<br />
<i> Enquanto alguns só pensam em morrer </i><br />
<i>O diabo parece me temer </i><br />
<i>Um homem bateu na minha porta </i><br />
<i>Faz um tempo que eu não sei como chorar</i><br />
<br />
<i> Nunca fugi, nunca escondi</i><br />
<i> Os meus desejos por você</i><br />
<i> Eu sempre fui o seu brinquedo</i><br />
<i> Mas tudo tem um tempo pra durar</i><br />
<br />
<i> Deito no tapete e sinto alegria </i><br />
<i>Se alguém me liga a meia noite, me dá alergia </i><br />
<i>Solto a fumaça em espiral </i><br />
<i>Enquanto colo um adesivo no quintal </i><br />
<i>A chuva fina me faz ficar longe demais </i><br />
<i>Tenho medo de acordar e de olhar pra trás </i><br />
<br />
<i>Sinto a pele enrugada dentro da banheira</i><br />
<i> Já nem sei se ontem eu falei besteira</i><br />
<i> Eu me perguntei pra sua mãe </i><br />
<i>Se algum dia ela teve um anel</i><br />
<i> E até comprei para o seu pai </i><br />
<i>Um antigo LP</i><br />
<i> Que embrulhei pra presente sem você perceber </i><br />
<br />
<i>[...]</i><br />
<br />
<i> E depois de um dia de sonho</i><br />
<i> Você pode querer bem mais"...</i><br />
<br />
Faz um tempinho que eu vi o filme do Sérgio Ricardo. E ouço bastante o disco mais recente da Tiê nos últimos dias. Tudo porque o amor é livre. Mesmo quando é aprisionado por outrem...<br />
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Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-3530946496414411172014-11-21T00:30:00.000-03:002014-11-21T00:30:06.563-03:00ULYSSES GROSJEAN, MAL TE CONHECI E JÁ TE AMO! <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-rjPPsg77HTk/VG6wye1BqKI/AAAAAAAAOqQ/HV4UOpbSwLA/s1600/Depois%2Bdo%2BSul.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-rjPPsg77HTk/VG6wye1BqKI/AAAAAAAAOqQ/HV4UOpbSwLA/s400/Depois%2Bdo%2BSul.JPG" height="218" width="400" /></a></div>
Assuntos não faltaram para compartilhar, mas, sempre que eu vinha aqui, algo me interrompia e fazia com que eu me dispersasse, sem escrever o que eu tinha para dizer...<br />
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Seja como for, deixo agora, neste início de madrugada, um conselho: se, em algum momento, o filme "Depois do Sul" (2011, de Jean-Jacques Jauffret) estiver sendo exibido diante de ti, não perca a oportunidade: jogue-se que o filme vale muitíssimo a pena! <br />
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O modo como as tramas paralelas convergem para a tragédia cotidiana me fizeram pensar numa versão muitíssimo pessimista das obras da Agnès Jaoui. Este diretor tem estilo - e sabe escolher um ótimo elenco que é uma beleza. Deus benza!<br />
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Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-58182584261309589502014-11-17T09:18:00.000-03:002014-11-17T09:18:30.799-03:00ALGUMAS BREVES PALAVRAS SOBRE O FILME DOMINICANO QUE VI ANTES DE DORMIR... <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-3L6qxWS1ZxM/VGnljbU2TAI/AAAAAAAAOqA/nKpSjaPHRHc/s1600/La%2BHija%2BNatural%2B(2011).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-3L6qxWS1ZxM/VGnljbU2TAI/AAAAAAAAOqA/nKpSjaPHRHc/s400/La%2BHija%2BNatural%2B(2011).jpg" height="242" width="400" /></a></div>
Quando me deparei com a sinopse de "A Filha Natural" (2011, de Letícia Tonos), exibido ontem à noite na TV Brasil, indiquei este filme a diversos amigos, visto que presumi que ele seria minimamente interessante enquanto exemplar do desconhecido cinema caribenho. Infelizmente, nenhum dos indicados pôde ver o filme até o final, o que é uma pena redobrada, pois, além de seus méritos eventuais, há muito o que ser discutido - num viés político - acerca do que este filme representa enquanto tentativa de visibilidade. Afinal de contas, quantos filmes produzidos pela República Dominicana costumam ser lançados anualmente? <br />
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Apesar de ser uma produção tipicamente centro-americana, a narrativa do filme lembra as tradições africanas [pensei especialmente no filme senegalês "Madame Brouette" (2002, de Moussa Sene Absa), muitíssimo divertido e dramático, que vi há bastante tempo, acompanhado por amigos], visto que fantasmas e crendices abundam... <br />
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Na trama, uma jovem órfã vai morar com seu pai - que não conhecia até então - depois que sua mãe é atropelada e morta, num acidente rodoviário. Este pai é assolado por uma suposta maldição, relacionada à sua falecida esposa e problemas de espólio territorial. Ele vive com um haitiano manco, saudoso de sua família e deveras crédulo acerca das supostas assombrações que circundam a residência. Até que a garota se apaixona por um belo rapaz tribal porto-riquenho, a quem é apresentada por uma dupla de moleques imitadores de jovens gangsteres: um garoto mudo, apelidado de Fera, e um guri de menos de 15 anos, que age como mafioso de gueto estadunidense. Só vendo o filme para crer: apesar de suas falhas e de atropelos audiovisuais, ele possui muito charme, uma ótima trilha sonora, atores bonitos e uma moral da estória conciliadora. Era do que eu estava precisando, antes de sonhar!<br />
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Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-39222220039361403952014-11-14T00:50:00.000-03:002014-11-14T00:50:11.431-03:00ESTOU INDO DORMIR, MAS, POR DENTRO, EU DIGO 'SIM!'<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-r6D9Um4MUDE/VGV7ToOeRwI/AAAAAAAAOpw/9Z11JXXj6bc/s1600/A%2BCole%C3%A7%C3%A3o%2BInvis%C3%ADvel%2B(2012).jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="//3.bp.blogspot.com/-r6D9Um4MUDE/VGV7ToOeRwI/AAAAAAAAOpw/9Z11JXXj6bc/s400/A%2BCole%C3%A7%C3%A3o%2BInvis%C3%ADvel%2B(2012).jpeg" /></a></div>
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O diretor Bernard Attal é francês.<br />
Vladimir Brichta revelou-se um ótimo ator - no cinema, ao menos.<br />
Walmor Chagas se matou ao final das filmagens.<br />
E a Clarisse Abujamra é deveras expressiva.<br />
Como não amar "A Coleção Invisível" (2012)?<br />
Como não?<br />
No rádio, agora, Tiê canta.<br />
E eu vou dormir, mas, por dentro, eu digo 'sim'.<br />
<b>Sim</b>! (por dentro).<br />
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Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-31394343532406938552014-11-13T19:39:00.002-03:002014-11-13T19:39:45.938-03:00ESCREVI NO FACEBOOK HÁ POUCO... <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Hd0SIYRbRE8/VGUyDp_srlI/AAAAAAAAOpg/Y0wwNigJzBA/s1600/Reis%2Be%2BRatos%2B(2014).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="281" src="https://2.bp.blogspot.com/-Hd0SIYRbRE8/VGUyDp_srlI/AAAAAAAAOpg/Y0wwNigJzBA/s400/Reis%2Be%2BRatos%2B(2014).jpg" width="400" /></a></div>
Conforme antecipei no título, redigi no Facebook, há pouco:<br />
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<i>"Quando eu terminei a minha crítica insossa sobre o cinematograficamente anódino TIM MAIA (2014), fiquei angustiado: no texto, eu tecia algumas especulações psicológicas acerca das obsessões temáticas do diretor Mauro Lima comparando o filme mais recente apenas com o elogiado MEU NOME NÃO É JOHNNY (2008), de que gosto, aliás. Esqueci, entretanto, que, entre um filme e outro, o diretor também havia realizado REIS E RATOS (2010), filme que estava aqui em casa faz tempo, mas que eu não me atrevera a ver ainda, já que muitos de meus amigos odiaram-no. Mas a crise de consciência me perseguia: será que eu tinha prejulgado afoita e negativamente o Mauro Lima?! </i><br />
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<i>Nem 10 minutos de filme se passaram e eu já constatei que, de fato, entorpecentes e casamentos malogrados ressurgiam roteiristicamente. Mas, aqui, o foco globofílmico era outro: o golpe militar de 1964, reapresentado em tom de pastiche anti-clichês norte-americanos, urgh! Sinceramente, o filme beira a nota zero (0,4 para ser exato). É muito, muito ruim! Eu estava correto em minha intuição, afinal, pude relaxar... </i><br />
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<i>Passado algum tempo após a sessão - e ainda cantarolando a ótima música-tema, composta por Caetano Veloso e cantada por Bebel Gilberto - repensei os meus sentimentos: como relaxar sabendo que um filme destes não está isolado?! O projeto de releitura histórica da Rede Globo dominando o cinema brasileiro é o de higienização pútrida, o da mentira tornada fato, o do engano convertido em piada. Nada no filme funciona (ou quase nada, já que gostei da atuação do Rodrigo Santoro e da participação à la João Cândido terciário do Seu Jorge), nem as ridículas vozes propositalmente atreladas a dublagens de enlatados, nem a pavorosa composição anglofílica do Selton Mello, nem a abominável interpretação afetada do Cauã Reymond, nem os chistes com visigodos mediúnicos, nem a assunção dos conchavos entre militares brasileiros e agentes da CIA estadunidense, nada! Horrível este filme, abominável. Mauro Lima é um engodo em crise com suas próprias dubiedades morais, portanto. O mal-estar que TIM MAIA me causou (mesmo que o filme nem seja tão ruim, afinal) não era um acaso: minha intuição serve para algo, ela me protege. Obrigado! (WPC>)"</i><br />
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Nesta autocrítica condescendente, eu me referia à insipidez deste texto <a href="http://crticasdeumcinemanu.blogspot.com.br/2014/11/tim-maia-brasil-2014-diretor-mauro-lima.html">aqui</a>, afinal redimida pela lamentável confirmação acima transcrita. Puxa, eu até gosto do Cauã Reymond, mas... Por que ele se deixa estragar tanto nas mãos do Mauro Lima?! Por quê?!<br />
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Wesley PC> Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-75028512275334532272014-11-09T21:35:00.000-03:002014-11-09T21:35:33.658-03:00“APROVEITEI E DORMI OITO HORAS SEGUIDAS, COMO OS MÉDICOS RECOMENDAM E OS VAGABUNDOS ACATAM”... <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-9DHEbvSuCWA/VGAHymgO3GI/AAAAAAAAOpQ/XpFTABBrz-Y/s1600/capa%2Bdesbotada%2Bdo%2BVHS%2Bde%2BMEM%C3%93RIAS%2BDE%2BUM%2BGIGOL%C3%94.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-9DHEbvSuCWA/VGAHymgO3GI/AAAAAAAAOpQ/XpFTABBrz-Y/s400/capa%2Bdesbotada%2Bdo%2BVHS%2Bde%2BMEM%C3%93RIAS%2BDE%2BUM%2BGIGOL%C3%94.jpg" height="275" width="400" /></a></div>
Não é o meu caso! Nos últimos dias, por razões de sobrevivência financeira, dormi muito pouco. Isso, porém, não me impediu de sonhar: na madrugada de ontem para hoje, sonhei que entregava ovos para uma amiga fã de egiptologia, quando percebo que um deles continha um pintinho germinado, moribundo, prestes a morrer, caso eu não encontrasse a metade superior de seu umbigo, quer estava grudado na casca do ovo. Acordei, levantei, fui ao banheiro, mijei, voltei, deitei e dormi de novo...<br />
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No segundo sonho, eu estava numa cadeira de dentista. Tencionava adiar o dia de uma consulta para limpeza odontológica, mas o profissional da saúde bucal surgiu de jaleco, decidido a fazer o meu tratamento naquele exato instante. De repente, eu estava pedindo para um amigo por quem fui/sou eternamente apaixonado que ele me gravasse alguns filmes (bergmanianos?) num DVD. Ele recusou-se, alegando que eu me apaixono demais, o tempo inteiro... Acordei frustrado, preocupado, pensando nisto!<br />
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Queria ver um filme do Alberto Pieralisi [“O Enterro da Cafetina” (1971)], mas eu tinha que trabalhar. Alguns dias antes, vi “Memórias de um Gigolô” (1970), colorido e divertido, cujo protagonista, ao narrar as peculiaridades de sua vida num bordel, pronuncia o libelo cafajeste que intitula esta publicação. Sinto-me cansado, acho. Por isso, esta confusão (pós-onírica) toda...<br />
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Wesley PC>
Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5581442729827846027.post-45859678426604881652014-11-04T19:01:00.001-03:002014-11-04T19:02:12.821-03:00NOME DA DIRETORA DOS VIDEOCLIPES DO THIAGO PETHIT: RAFAELA CARVALHO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-laS5_YZHn9o/VFlLWaSMW_I/AAAAAAAAOo0/zk-pHU4xcy4/s1600/%27Romeo%27%2B(videoclipe%2Bde%2BThiago%2BPethit).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-laS5_YZHn9o/VFlLWaSMW_I/AAAAAAAAOo0/zk-pHU4xcy4/s400/'Romeo'%2B(videoclipe%2Bde%2BThiago%2BPethit).jpg" height="225" width="400" /></a></div>
Há algumas madrugadas, deparei-me com a imagem acima movendo-se em minha TV. Trata-se de um fotograma do videoclipe de "Romeo", primeiro 'single' do aguardadíssimo terceiro disco do cantor Thiago Pethit, "Rock'n'Roll Sugar Darling" (2014), que será lançado ainda neste mês de novembro.<br />
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Estou ansiosíssimo para ouvir o disco na íntegra. Gostei bastante não apenas do videoclipe como também da sonoridade sexualmente ambivalente e bilíngue da canção. Fascinante. Sem contar que o modelo masculino Lucas Veríssimo excita qualquer um, o mesmo sendo dito acerca dos mamilos em 'close-up' da protagonista feminina, Maria Laura Nogueira. A diretora Rafaela Carvalho está de parabéns!<br />
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Pesquisando sobre o videoclipe, descobri que ela fora responsável por outro complemento audiovisual mui sensual à sonoridade tendenciosamente anglofílica e sedutora do cantor paulistano, "Moon", do disco anterior, "Estrela Decadente" (2012). A imagem abaixo diz muito - ah, se diz...<br />
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Wesley PC> <br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-8p6-XkCT9pY/VFlMjsN-shI/AAAAAAAAOpA/AZlxh9catMg/s1600/%27Moon%27%2B(videoclipe%2Bde%2BThiago%2BPethit).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-8p6-XkCT9pY/VFlMjsN-shI/AAAAAAAAOpA/AZlxh9catMg/s1600/'Moon'%2B(videoclipe%2Bde%2BThiago%2BPethit).jpg" height="223" width="400" /></a></div>
<br />Gomorrahttp://www.blogger.com/profile/14914061250036505747noreply@blogger.com2