terça-feira, 10 de março de 2009

“O AMOR É UMA FORÇA MUITO PODEROSA”


Um mestre e seu pupilo, transformados voluntariamente em esquilos, conversavam, após um escorregão:

“- Gravidade é aquilo que te faz cair.
- Ah, que nem uma casca de banana?”


O mestre ri da ingenuidade de seu pupilo e o explica pacientemente o que vem a ser a tal gravidade, até que uma esquila engraça-se pelo jovenzinho e não o deixa prosseguir viagem. O menino, ainda muito ingênuo, sem entender tudo aquilo, pergunta o que a esquila está fazendo, ao que o mestre Merlin explica, numa canção:

“É um estágio do ser, uma estrutura da mente
É a coisa mais estonteante do mundo!
Que atinge qualquer ser, de qualquer tipo,
É desnorteador!

Tu estás a gastar tempo se resistires,
Tu te encontrarás com esta coisa, por mais que tentes o contrário
Pois ela continuará a insistir
Até que tu estejas enfeitiçado por ela.
É um jogo duro que todos conhecem
Não existem regras, tudo vale!
Na existe nenhuma explicação lógica para esta desorientação,
É a coisa mais desconcertante do mundo!”


Ele, conclui, portanto, com o aforismo que intitula esta postagem, ao passo em que eu lamento: nem mesmo os filmes infantis me dão sossego!

Fonte: “A Espada Era a Lei” (1963). Dir.: Wolfgang Reitherman, um interessantíssimo e subestimado longa-metragem de animação sobre a inevitabilidade concessiva das frustrações que sofremos quando nos dedicamos (pretensiosamente ou bem-intencionados, que seja) a ensinar algo a alguém...

Wesley PC>

4 comentários:

Pseudokane3 disse...

PS: na foto, o próprio mentor, aquele que explicava o sentimento estonteante na canção, é também fisgado por uma esquila... oh, sina!

WPC>

Unknown disse...

Este desenho foi um grande clássico da minha infância. Um dos poucos clássicos da Disney com ensinamentos importantes.

Unknown disse...

Boa a analogia do Merlin, tal a gravidade, esta força poderosa é proporcional ao inverso do quadrado. De soluções analíticas para dois corpos e caóticas para uma interação de mais de dois. Eis que há apenas um centro de massa, mas normalmente este centro fica mais próximo de corpos com magnitude privilegiada, fazendo com que outros girem em torno dela. O que por acaso ganha energia potencial com o aumento da sua distância, logo perde sua energia cinética para o sistema. Enfim, pelo menos os corpos gravitacionais não param para pensar nisso, os da outra força sim!

Pseudokane3 disse...

Lendo este comentário apologético de um gênio da Física, me resta rever o filme, que, como disse, é lamentavelmente subestimado...

Tenho que sair agora, mas releio em seguida...

Obrigado por toda a competência e graça, infinito-gato!

WPC>