domingo, 8 de março de 2009

AMBIENTE ONÍRICO


Escutar Madredeus é prenunciar o Paraíso – e paraíso é quase sempre confundido com Céu.

Quando estivemos no município de Malhador, a itabaianense Bianca e seu noivo Oliveira mostraram-nos sua idéia de Céu. Deram-se as mãos e saíram correndo, disparados por um prado, pelo meio do mato. Eu, Rafael Coelho e Max Vieira anuímos em rejeitar o padrão celestial divulgado pelas telenovelas da emissora Globo. “Não é este céu que queremos!”, concordamos.

Mas voltando á noção de Paraíso na música, o grupo português Madredeus me faz vivenciar isso. Primeiro, por que eles insistem no tema (são diversas as canções com a palavra “paraíso” no título ou nas letras). Segundo, porque a voz da vocalista Teresa Salgueiro é literalmente divina.

Hoje eu tive um pesadelo horrendo e tive que ouvir Madredeus para consolar-me: no sonho, Marcos Vicente padecia de uma doença terminal gravíssima. Morre. Deixara uma advertência á sua família: “Wesley não pode aproximar-se de minhas cerimônias fúnebres”. Tentei fazê-lo, sem êxito. Acordei chateado, dorido. Precisei cantar a letra de “O Pastor”, primeira faixa desta coletânea, e desejar uma inversão:

“Ai que ninguém volta
ao que já deixou
ninguém larga a grande roda
ninguém sabe onde é que andou

Ai que ninguém lembra
nem o que sonhou
(e) aquele menino canta
a cantiga do pastor

Ao largo, ainda arde
a barca da fantasia
e o meu sonho acaba tarde
deixa a alma de vigia

Ao largo, ainda arde
a barca da fantasia
e o meu sonho acaba tarde
acordar é que eu não queria”


Nesse caso, que bom que eu acordei!

Wesley PC>

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