terça-feira, 21 de julho de 2009

COMO SE EU ESTIVESSE POUCO ME LIXANDO PRA PORRA NENHUMA...

No caminho para o trabalho, na tarde de hoje, deparei-me com um rato morto numa sacola plástica. Lamentei não ter pilhas carregadas para minha câmera fotográfica naquele momento. Algo me fez ter vontade de deitar no chão e registrar a minha imagem ao lado daquele cadáver de roedor, daquele bicho morto por ser julgado um destruidor de móveis, um transmissor de doenças, um parasita social, enfim! Algo me fez sentir em acordo espiritual com aquele animal! Mas nada mais podia fazer: ela já estava morto, eu vivo (ou acho que estou vivo, não sei). O masoquismo imagético consolar-me-ia apenas no plano simbólico. Bastaria, penso.

Enquanto eu admirava o imenso roedor morto e acondicionado na sacola, percebi que transeuntes estranhavam a minha reação. O animal não fedia, apesar de estar morto há um certo tempo. Eu, por meu lado, irritava-me por ter sido obrigado a pôr gotículas de um perfume chamado Happy em meu corpo. E, mais tarde, tenciono ver um filme erótico italiano com as palavras Diabo e carne no título. Na espera, portanto...

Wesley PC>

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