quinta-feira, 23 de julho de 2009

O pior é que sou eu mesmo!











Depois de tantas insistências, eis que me ponho a escrever.
Bem, já faz meses que meu querido amigo Werly me descreveu como um ser de personalidade egocêntrica.
Não havia entendido a então afirmação, e deixei rolar.
Da época, lembro-me apenas de ser descrito com um controlador de mim e das pessoas ao meu redor, conservador e outras coisas que só agora começam a fazer sentido.
Desde que começei a viajar pude sentir na pele e perceber meu ego agindo em várias ações.
Por exemplo:
  1. julgamentos que faço constantemente, quase sempre negativos.
  2. Uma constância no tempos passados ou nos planos futuros.
  3. Controle das reações das pessoas
  4. Fobías (escuro, ficar sozinho, descobrir lugares - principalmente em ambientes de natureza)
Bem, até agora esses são os que eu notei e, como também, os quais lembro.
Quando cheguei no ENCA, percebi o pavor que tinha de rodar pela região sozinho, sempre com medo de algo ruim acontecer, não me permitindo gozar realmente minha estadia naquele belo santuário, nem muito menos ao momento presente. Porém, foi com um sonho, que alías estes eram bastante rotineiros e estranhos(ouvir outaras pessoas afirmarem o mesmo, inclusive Barba), que as idéias começaram.
No sonho eu entrava em um ônibus que havia pego em um lugar muito parecido com a rua onde Aline de Itabaina antes morava, e me deparava com uma velha que afirma que eu estva maquinando algo de má fé.
Eu então negava e cheguei a perder a paciência com a velha.
No dia seguinte fiquei a pensar sobre o sonho, que na vida real acontece, porém quem faz o jugamento da velha sou eu mesmo e isso eu faço para mim mesmo atraves de um pesamento que eu acho que a pessoa está tendo.
Pensando, comecei a lembrar de outras coisas da infância. Uma delas, comentei com Barba quando estavamos em um Posto de gasolina na cidade de Alvorada do Norte a caminho de Brasília.
Estavamos em um momento intessamente nostálgio, onde Rafael falava de seu tempo de coroinha e suas histórias do ensino fundamental. Acabei lembrando de coisas remotas da minha infância. Amigos que tive, hábitos da 2ª série etc. Lembrei que na rua que eu morava, lá no Augusto Franco, havia uma enorme área de matagal chamada Toca da Roposa. Desde aquele tempo o local era conhecido por ser alvo de prisões de bandidos e coisas do tipo. Acontece que minhã mãe não permitia de forma alguma que eu fosse ao então lugar onde era possível comer manjelão no pé, arrancar mangas e tantas outras frutas. Pelo que me conste, somente uma vez me dei a ousadia de romper os limites daquele local que ficava a uns 300 m de minha casa.
Pois bem, passei a fazer a relação desse impedimento (que por um lado até se entede, porém havia vezes que ia grupos de pessoas da rua mas mesmo assim não rolava) ao surgimento de seres e fatos imaginários como mortes, assassinos etc. Se levar em conta que minha mãe era uma mulher muito rigida e me proibia de muitas coisas (fazer capoeira, não assistir malhação - que por um lado foi até bom, não andar em casa de amigos...), então penso que toda essa vontade de descobrir freiada natoralemte por minha coroa deve ter sido um papel fundamental para muitos do julgamentos de esteriotipo, "momentos de riscos"(muitos imaginárioa)...
Porém não quero passar a idéia que a culpa é da minha mãe e foda-se o mundo, mas tudo isso foi uma análise do que eu acredito ser a génese do problema, senda assim uma análise fundamental.
Outro fato interessante que também aconteceu no ENCA foi o coméntario de uma palestra que Rafael assistil sobre como comer.
havíamos conversado sobre boa parte do que falei, estavamos na barraca depois do almoço e de repente ele falou:
- O ego vive de passado e do fulturo.
Quando comemos as pressas estamos sendo guiados pelo ego que fica na ânsia de terminar o então ato. Por isso, devemos por a comida na boca e sentir o que se estar comendo, sua temperatura, seu gosto e mastigar até que fique o mais próximo do liquido. Assim, em 15 minutos, o cérebro vai dar a resposta para se iniciar a digestão. Se nesse tempo vc comer demais, fica inpasinado e a energia que deveria ser consumida em atividades fica para a própria digestão.
Mas de todas as experiências a mais foda foi com o Santo Dayme.
Tomei dois copos que demoraram a me dar o efeito, porém quando começou me sentia no filme Selvagens por Natureza.
Tudo era viagem.
Pessoas passavam em frente a barraca; viagem
tinha um criança que chorou por horas; viagem
meu corpo; viagem
Em certo momento Rafael perguntou:
-Quem é vc?
-Eu sou qualquer coisa?
Isso enquanto eu vi meu corpo virar coisas muito loucas.
Ante a isso Barba respondeu:
-Velho, isso é viagem do seu ego que te tira do seu presente e constroi uma inrrealidade!
A partir desse momento percebi como o ego havia se utilizado de meus momentos de lombra para se prostra o mais forte possível.
Então se deu início a uma discussão materialista onde eu falava pra mim mesmo:
-Eu tenho que está aqui!
Além de tentas outras respostas para minha própria pessoa. Isso, Rafel assistindo tudo.
Foi FODA!
O pior de tudo é que sou eu mesmo!
Então, tenho que ficar ligado pra não personificar uma parte do meu corpo, como quis fazer com a velhinha, que tem sua importância, mas que tem que ser diariamente trabalhado
Bem, depois disso tenho me policiado bastante para, principalmente, me manter nos instantes. E até que conseguir o tal feito na semana passada quando os maravilhosos dias com o pessoal doParaná (Luciano, Hugo e Carol - que é de Sergipe mais veio com a galera) e Tom e sua namorada me fizeram viver intensamente meu presente.
Bem, até agora é isso, se surgir mais ideias publicarei.
Tentarei manter esta anásile pertinete aqui no blog
FLWS
Coelho

6 comentários:

Anônimo disse...

"Tamu aí mandando brasa..."

Coelho, quem escreveu foi você ou o seu ego? (rsrs).

Que bom que pude acompanhar esse processo de descobertas.


Barba

Coelho Santana disse...

Realmente não sei,
mas acredito que fui muito sincero do muito que relatei.
Acho que isso deva ser um passo.
Ainda assim, sei que está cedo pra dizer até que ponto é meu ego e até que ponto estou respondendo por "mim mesmo". Talvez nunca ache a resposta.
E nas piores hipóteses, acredito que me permiti essa auto reflexão é muito, ainda mais compartilha-lá.

Pseudokane3 disse...

Rafael, Rafael, perguntando este tipo de coisa tu só atiças mais viagens do menino (risos) - O que é bom!

Não quero aqui demonstrar qualquer tipo de orgulho nisto, mas, ao ler meu nome contido no início da postagem, fico contente ao perceber que tive participação distanciada neste processo de descoberta que, por mais assustadora que pareça, é postiva, apreciável!

Na moral, Coelhão, estou contentíssimo com tudo o que li aqui, com a constatação de que sua reflexividade mantém-se em alta enquanto estás longe, que pensas ao tempo em que ages e que sim, passado, presente, futuro e tempo onírico se mesclam num turbilhão em que somente nós, negando ou afirmando a nós mesmos, podemos administrar, em favor dos interesses que estejam em pauta.

Lindo texto, belo retrato de uma pessoa encantadora, que muito me faz falta e que muito me preenche, a cada minuto, por mais distante que, fisicamente, pareça estar...

Fica bem, permaneça bem continue bem, faz-me bem! És meu bem!

WPC>

Pseudokane3 disse...

E, obviamente, extraordinária imagem justificativa!

WPC>

Unknown disse...

O melhor é que é você mesmo e em movimento.

Eu nunca te achei egocêntrico, eu quase sempre te achei impulsivo, até que ponto isso é bom ou ruim não sei julgar.

abraço! E escreva quando puder.

Unknown disse...

Ouvia falar muito também da Toca da raposa, fui lá poucas vezes apenas pra jogar bola.