quinta-feira, 23 de julho de 2009

“NÃO SOU PERFEITO”...


Não sei que estranhos meandros me levaram a ouvir “V” (1991), do Legião Urbana na noite de hoje ou rever “Branca de Neve e os Sete Anões” (1939, de David Hand) ao lado de minha mãe, que ficou encantada com o anãozinho Dunga e com uma tartaruga coadjuvante. Sei que fiquei preocupado com a cena em que a Madrasta Má é perseguida pro seres armados com pedaços de pau, despenca dum precipício e morre, sendo logo cerceada por abutres famintos. Por mais que eu desgostasse desta malévola personagem, algo sempre me faz ficar temeroso pelo destino dos vilões. E, por mais que o filme seja ótimo e pioneiro, algo não funciona direito no contexto geral: o que os roteiristas do filme queriam provar com cenas como aquela em que vários animais ajudam a personagem a limpar a casa dos anões em troca de moradia? Por que Dunga insistia em receber tantos beijos seguidos? De que adiantava à Madrasta ser “a mais bela de todo o reino”? Por detrás de uma bela história, litros e litros de ideologia são despejados nas mentes das crianças e adultos e adolescentes, que fazem coro com a protagonista quando esta canta a letra de “Someday My Prince Will Come”. O meu príncipe se afasta mais e mais a cada dia...

“Era o meu romance, eu não resisti
O sonho que eu sonhei há de acontecer
O castelo que eu imaginei, de verdade, ele um dia há de ser
O meu eterno amo, um dia encontrarei
E feliz eu irei viver com esse amor
No sonho que sempre sonhei”

E, para se divertir, a princesa faz um dueto com seu próprio eco, atré que, de repente, um príncipe surge. Quando ela falece em virtude da maça envenenada por uma senhora invejosa, um beijo a trará de volta à vida. “E eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir”...

Wesley PC>

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