sexta-feira, 24 de julho de 2009

E EU ACHO QUE SOU MAIS RACIONAL DO QUE EU MESMO TINHA CERTEZA!


Fiquei mais ou menos uma hora zonzo, sem saber o que fazer com minha folga. Dei alguns telefonemas e um amigo fez um convite definitivo, que, a fim de não me converter num otimista ou esperançoso, foi disfarçado de interesse puramente material: vou à casa dele apenas para gravar um quarteto indispensável de filmes do cineasta Eric Rohmer. Fui. Vi a beleza do silêncio numa praça. Tive memórias dolorosas (e superadas?) de minha infância. Recebi um convite de ingestão psicodélica. Rejeitei, como sempre. “Tens medo?”, perguntou ele. “Acho que não, só falta de vontade”, insisti. Ele pediu que eu não comentasse o assunto, mas teço um breve comentário: o moço em questão teve uma ‘bad trip’ violenta diante de mim. Pediu que eu ficasse de prontidão, caso precisasse ligar para o SAMU. Temia estar morrendo. Despedia-se das pessoas que amava. E eu olhava para ele, impassível: “se tu desmaiares, vou me aproveitar de teu corpo inerte – o mesmo se tu morreres”. Ele estava apavorado. Eu, apenas interrogativo. “Acho que tu és bem mais racional do que eu imaginava”, disse ele. (supressão de conteúdo) Ao chegar em casa, vi um dos quatro filmes buscados. Quase inverossímil em seu platonismo. Numa praia, uma mulher conhece um homem lindo. Transa com ele, tem uma filha. Ele some (não por culpa dele). 5 anos se passam. Ela insiste que eles vão se reencontrar e, por isso, desdenha dois amantes que se apaixonam por ela. Acho que sou racional demais...

Wesley PC>

Um comentário:

Gomorra disse...

Pois é camarada,
confesso que muitas vezes, principalmete quando te conheci, falava isso pra mim mesmo. Acho que sua estranha personalidade muito initeligível porém passível de aceitação pode causar essas inquietações de discrensa. Porém, mesmo sem te entender, de alguma forma confio em vc, ainda que desconfiadamente.
Acho que não deve ter entendido, porém muitas das ações que sempre me encomodavam explicam o que digo