segunda-feira, 25 de maio de 2009

POR QUE É QUE EU NÃO SEI FALAR TURCO AINDA?


Em março deste ano, os integrantes do Duman, minha banda turca favorita, lançaram um álbum duplo, nomeado simplesmente como “Duman I & II”. Muitas resenhas do referido álbum apontavam para uma mudança de sonoridade no trio, que se tornou um quarteto com a entrada em cena do baterista Cengiz Baysal. Ouvindo o CD, fui fisgado logo de cara pela sonoridade melancólica da faixa de abertura “Dibine Kadar”, que, em meio a lamentos e enrolamentos de língua, o vocalista Kaan Tangöze diz:

“yazdım çizdim hayal ettim
sazla sözden ibarettim
arkamı döndüm emanet ettim
anlayamadın ya

aklım fikrim kaynayınca
söz müzikle ağlayınca
kalbimi açtım ibadet ettim
anlayamadın ya

ama o anladı
o beni anladı
dibine kadar
dibine kadar”


Estou tentando encontrar traduções para a canção, mas, como o disco é recente, estas ainda não estão disponíveis. Porém, adianto que não fiquei decepcionado com o disco, que, tal qual os álbuns anteriores, mesclam vários gêneros, desde o ‘rock’ dor-de-cotovelo (em canções como a já citada e a faixa 03, “Sor Bana Pişman mıyım?”) até proto-‘hardcores’ um tanto mais reivindicativos (vide a ótima faixa 02, “Sarhoş”), passando por odes citadinas, declarações de amor um tanto raivosas e letras sobre temas mais gerais como a paranóia e o caos urbano (com certeza, um traço marcante na cidade de Istambul).

A propósito, descobri ontem um álbum da banda ainda não tinha ouvido “Seni Kendime Sakladım (2005). Mais tarde, eu baixo e comento. Nesse interstício, procuro alguém que me ensine turco voluntariamente.

Wesley PC>

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