quinta-feira, 28 de maio de 2009

LEONARD COHEN – “TEN NEW SONGS” (2001)


“Eu te vi nesta manhã
E tu te movias tão rápido
Não percebias que eu me largava no passado.
E eu sinto tanto a tua falta
E não há ninguém à vista,
De maneira que ainda estamos a fazer amor,
Em minha vida secreta.

Eu sorrio quando estou zangado.
Eu trapaceio e minto.
Eu faço o que deve ser feito para ir em frente.
Mas eu sei que estou errado
E eu sei o que é certo.
E eu morreria pela verdade,
Em minha vida secreta”


Assim canta o triste menestrel canadense Leonard Cohen, em parceria com a cantora e compositora Sharon Robinson, na melancólica e redentora canção de abertura deste álbum breve e fabuloso, que descobri depois que me apaixonei pelo cantor após ver 3 ou mais de seus petardos românticos servirem de base para o clima passional de um ótimo filme do ex-cocainômano célebre Oliver Stone. Fiquei encantado por sua voz triste, suas letras dramáticas, sua entonação dialogística... Tudo no CD parece ter o tempo certo, mas, ainda assim, ficamos querendo mais quando ele acaba. Motivo: apesar de canções como “A Thousand Kisses Deep”, “Love Itself”, “Alexandra Leaving” e “The Land of Plenty” parecerem demasiado amargas, elas são muito conscientes no que diz respeito ao louvor dos bons tempos ao lado de quem se ama. Por isso, insisto em traduzir mui livremente os versos finais da supracitada canção de abertura “In My Secret Life”. Afinal de contas, Leonard Cohen é tão amplo em seus intentos, que até mesmo minha mãe sucumbe à sua força. Escutem-no. Vale a pena!

“Olhe através do papel,
Fará-te desejar o choro
Ninguém se importa se as pessoas vivem ou morrem.
E o tipo de negociação que te faz pensar recusa dicotomias.
Pois não pense que as coisas são simples,
Em minha vida secreta.

Eu mordo meus lábios
E compro o que te disse que ia adquirir.
O último conselho da sabedoria dos mais velhos.
Mas eu estou sempre sozinho.
E meu coração é como gelo.
E tudo está tão gélido e tumultuado,
Em minha vida secreta”


Wesley PC>

Nenhum comentário: