quinta-feira, 28 de maio de 2009

POR QUE ELE NUNCA FALA NADA, MEU DEUS?


Não, não é uma reclamação, é mais uma interrogação mesmo. Por que ele nunca fala nada, meu Deus?

Não importa o quanto citemos seu nome, falemos dele, louvemos, execremos (o que não é o meu caso), elogiemos, escarneçamos, antecipemos uma de suas hagiografias em vida, ele fica lá, caladinho, recôndito... (risos) Aí o meu inconsciente perverso sente-se na necessidade de apelar: encontrei esta fotografia entre os meus pertences ontem à noite e esta me serviu de base para uma série de reiteração de questionamentos:

a) o corpo de quem amamos não é mais belo ou mais feio do que o corpo de ninguém [salvo algumas exceções, obviamente]. É um corpo humano como qualquer outro, no qual depositamos nossos anseios e elevamos a uma categoria ilusória e totêmica;

b) para além de ser ou não bonito ou feio, o corpo de quem amamos é secundário em relação ao bem-estar que o referido ser nos causa, mas, se ainda assim insistimos em focar-nos em suas partes pudendas, é porque servimos também aos instintos básicos de sobrevivência, que, por uma incrível confusão do destino, convertem-se também no plano sexual infecundo para as pessoas de comportamento homoerótico;

c) a ausência de comentários daquele que, em minha sanha auto-destrutiva e retroalimentar eu desejo atingir é, em verdade, um traço mais do que característico de sua personalidade e eu, se fosse realmente agradecido à sua egrégia existência, deveria levantar as mãos para o Céu por ele fazer comigo o que faz com exatamente todo mundo que o circunda. Pois é isso que um ser iluminado faz com que percebamos: que o que dispomos agora é o que é relevante. “Aceite e seja feliz!”

E todo o resto é pretexto, como sempre!

Wesley PC>

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