segunda-feira, 25 de maio de 2009

“IN HEAVEN, EVERYTHING IS FINE!”


Agora que eu me dei conta que não havia escrito nada sobre “Eraserhead” (1977), primeira obra-prima do bizarro David Lynch, revisto recentemente numa madrugada em Gomorra. Talvez não o tenha feito ainda porque é complicado retratar em palavras a magnificência grotesca deste filme, em que um ser humano masculino deveras estranho se relaciona amorosamente com um ser humano feminino não menos estranho, sendo que esta última dá a luz a um ser não-humano de sexo indefinido (este visto na foto). Após algum tempo de convivência familiar forçada, o ser humano feminino não mais suporta o choro interminável do ser não-humano que gerara e abandona o ser humano masculino, que se atormenta em cuidar desta criatura deformada e perenemente maculada por infecções, ao passo em que tem fantasias sexuais com uma vizinha sexualmente ativa e com uma estranha mutante canora que habita seu radiador, sofrendo, por fim, alucinações terríveis em que imagina sua cabeça sendo decepada e transformada em borrachas para lápis escolares. Preciso dizer mais alguma coisa? Obra-prima 'cult'!

Wesley PC>

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