terça-feira, 9 de dezembro de 2008

HERMENÊUTICA FOTOGRÁFICA


Enquanto Marcos senta-se em frente a um interruptor, com uma expressão ambígua e vestido impecavelmente de branco, Rafael Maurício se levanta, portando uma máquina fotográfica em mãos... Isto é literalmente o que se vê na fotografia e metaforicamente o que se passa em meu cérebro e no que costumam chamar de “meu coração” neste exato momento... Uma confusão, eu sei, mas aceito pagar pelo preço que ela acarreta!

Muitas pessoas que realmente se preocupam comigo costumam me perguntar: “por quem tu realmente és apaixonado, Wesley? Pelo Baiano ou por Marcão?”. A minha resposta é sempre clara, mas nem todos entendem. Digo que, enquanto um deles representa o ideal máximo (e abstrato) do que entendo como “a perfeita imperfeição” (já explicada aqui), o outro se revela como a concretude dolorosa (e perenemente recompensante) de um sentimento mal-resolvido que, (in)felizmente, prescinde de qualquer declaração de similaridade, de reciprocidade ou qualquer coisa do gênero. Nunca precisei (ou nunca tive coragem de esperar, que seja!) de retribuições de afeto para despejar todo o amor que sinto... Por isso, continuo assim...

[Tenho muito mais a explicar sobre o assunto, mas minha garganta está inflamada e estou cansado pois passei ótimas madrugadas em Gomorra neste fim de semana prolongado, mas adianto que voltarei a escrever sobre este assunto largamente mal-resolvido. Enquanto isso, confesso: contemplo agora esta imagem como um dos mais preciosos momentos de metonímia já captados involuntariamente por um ser vivo apaixonado. Estou orgulhoso por minha câmera fotográfica estar tão sintonizada com meus sentimentos!]

Wesley PC>

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