terça-feira, 9 de dezembro de 2008

UM NOME DE HOMEM E A REDENÇÃO QUE O ACOMPANHA


Shane é o nome de um personagem vivido por Alan Ladd num filme homônimo dirigido por George Stevens em 1953. Com este filme, o diretor planeja mostrar como se estruturou a nação norte-americana em que ele residia, de maneira que, estranhamente, o título de seu filme – nada mais nada menos que o nome do personagem principal, endeusado por todas as outras pessoas do roteiro – foi traduzido no Brasil como “Os Brutos Também Amam”. Funciona bem e é sonoro, mas... O que quer dizer? Após a sessão deste clássico cinematográfico em Gomorra, na noite desta segunda-feira, eu, Rafael Torres e Bruno/Danilo fomos unânimes em brincar: “o nome do filme deveria ser ‘Todos Amam o Bruto’” (risos). Tem tudo a ver com a veneração que dedico a Rafael Maurício. Merece um de meus típicos textos de ‘blog’ idólatra, portanto.

No filme, o tal do Shane está atravessando a terra de um fazendeiro que é oprimido por corruptos mercadores de gado. Após alguns desentendimentos iniciais, ele aceita trabalhar para o tal fazendeiro, sendo que, aos poucos, conquista veementemente o amor da esposa e do filho pequeno (e afetado) do referido fazendeiro. Não deu outra: vimos o filme relembrando a minha adjetivação ideal para o baiano mais encantatório de todos os tempos: “perfeito, perfeito!”. O que é legal é que, pouco menos de 24 horas antes, eu expliquei ao moço em pauta o porquê de ele desempenhar um papel tão redentor em minha vida. Ele entendeu e ambos achamos engraçados. Liberei a mim mesmo para tentar resolver o estresse que me ocupa patologicamente desde a última sexta-feira...

O que importa é que, para além de todos os triunfalismo nacionalistas comuns aos filmes clássicos hollywoodianos, “Os Brutos Também Amam” rendeu momentos preciosos de satisfação espectatorial a quem se dispôs a vê-lo em Gomorra. Um novo protótipo de motivação vivencial foi encontrado. Talvez eu ainda mereça sobreviver... Um fac-símile divino do Shane existe em minha vida pessoal... Pena que ele também vá embora no final da sessão, não importa o quanto eu grite e corra pedindo desculpas...

Wesley PC>

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