terça-feira, 9 de dezembro de 2008

PEDINDO PERDÃO!


Nunca morei no Ceará, ainda não enfrentei o tipo de sofrimento climático que a interpretação sofrida de Luzi Gonzaga dispõe sobre esta maravilhosa composição do músico Gordurinha, mas sei que a conotatividade é um recurso válido na dor e na poesia e é dela que me sirvo agora, implorando, suplicando, clamando, “gemendo e chorando num vale de lágrimas”, como diz o ‘Salve-Rainha’ católico. Deus do Céu, de novo isso não!

“Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar

Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há

Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão

Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração

Oh! Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar

Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará”

(“Súplica Cearense”)

Aproveitando a chancela para pedir desculpas aos outros usuários do ‘blog’ pelo uso personalista do mesmo, mas... Sem Marcos eu não raciocino direito! Socooooooooooooooooooooorro!

Wesley PC>

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