segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

MERDAS ACONTECEM - PARTE I


Quando tirei esta foto, há 7 anos atrás, cria que receberia uma nota alta na disciplina Fotografia e Iluminação. Em minha opinião exibicionista, a metáfora contida na imagem de uma flor brotando do cocô de cavalo seria dramática o suficiente não somente para me fazer passar na matéria como também para ser reconhecido como um moço sensível. Ao exibir a fotografia para o professor, fui repreendido: “esta flor não estava originalmente no cocô, Wesley. Tu manipulaste a realidade. Isso não se faz!”. Fiquei um tanto decepcionado: puxa, fora tão bem-intencionado em meu intuito embelezador. Custava ter manipulado a realidade em favor de um elogio à possibilidade da beleza? Pelo jeito, custou. Levei nota 7,0 por consolação.

O que este episódio acadêmico de minha vida me fez pensar? Uma descoberta básica para qualquer pessoa que, em dado momento de sua vida, se mancomune com os ideais socialistas ou anarquistas: há uma diferença gritante entre aquilo que queremos para as pessoas que amamos, o que elas próprias querem e o que elas precisam! Por isso, errar é essencial no percurso sempre recompensante que apelidamos de “VIDA”. Eu erro! E nem sempre me arrependo disso...

Não me arrependo de ter telefonado para Marcos antes de ir para o concerto de Manu Chao na praia e receber mais uma de suas irritadas respostas negativas; não me arrependo de ter tentado visitar uma loja de hambúrgueres em Recife, por mais que eu soubesse que este seria um dos piores lugares do mundo para se passar uma noite entre amigas; não me arrependo de ficar sem dormir nas três últimas noites, visto que, quando acordado, estava a me divertir deveras; e, mais do que isso, não me arrependo de não me arrepender! Erro, mas, às vezes, involuntariamente, acerto também...

Wesley PC>

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