quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

APRENDIZADO PROFISSIONAL


Como todos sabem, trabalhei ‘ad extremis’ nos três últimos dias, em virtude da matrícula dos calouros aprovados no Vestibular/2009. Não sei se foi efeito da protodepressão que me afeta nos últimos dias ou se é um reflexo direto da decrepitude contemporânea, mas não achei muitas pessoas bonitas durante o processo. Cansaço, talvez.

Entretanto, alguns estudantes de História destacaram-se. Seria coincidência? Matriculei um tal de Felipe, por exemplo, com uma voz grossíssima que, putz, faz valer a pena esperar pelo período letivo 2009/1! Mas este é um caso isolado. No geral, exerci as minhas funções com uma diligência macambúzia. Até que, no último minuto do último dia, meu chefe Antonio Edílson me puxa para um canto e recita uma anedota canônica:

“Uma formiguinha desejava atravessar um riacho, mas era muito pequena e tinha medo de se afogar ou ficar boiando indefinidamente. Ela vê passando, então um elefante e pergunta:

- Sr. Elefante, tu podes me dar carona até o outro lado?

O elefante assente. Põe a formiguinha em suas costas com a tromba e atravessa o riacho. Do outro lado, portanto, a formiguinha, contente e agradecida, repete inúmeros obrigados ao proboscídeo, que apenas refuta:

- Obrigado nada. Pode ir tirando a calcinha!”


Não foi bem assim que ele me contou a anedota (não adiante, tudo para mim é motivo para “traduções livres”), mas a essência é esta mesma: já não era tempo de eu entender que o altruísmo sem motivações redunda no vazio...

Wesley PC>

Nenhum comentário: