terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A INVERSÃO PRESENTE DA VULGARIDADE AUSENTE


Sim, é meu cu!

Talvez este seja o ângulo de meu corpo que eu menos goste, talvez seja a parte de meu corpo que eu menos ache bonita, mas sou, é meu e preciso me orgulhar disso de alguma forma. Não que a fotografia tenha alguma intenção implícita além do choque esquemático: em nada pensei quando ela foi tirada. Estava deitado na cama de uma pessoa que possuía câmera fotográfica e, sabe-se lá por que motivo, quis guardar para si a imagem tosca de meu orifício anal. Pensei que não tinha nada a perder e consenti. Eis o resultado!

Ontem à noite, quando pensei em publicar esta polêmica aqui, pensei em fazer mais um discurso contra a intimidade, em dizer que morro de medo de esconder de qualquer pessoa qualquer sentimento que esteja a me atormentar ou a me deixar feliz. Por outro lado, ficava a relembrar as palavras de amigas que me diziam que é necessário se reservar de vez em quando... Infelizmente, por mais que eu perceba ou admita isso, não consigo pô-lo em prática. Exponho-me sobremaneira, a fim de que, assim, entendam que estou gritando por ajuda. Tenho problemas e percebo que sou incapaz de curá-los por mim mesmo. Estou clamando por ajuda, gritando por socorro... E, se querem que eu “nomeie os bois”, eu o faço agora: alguém por favor me dê uma força nesta questão envolvendo Marcos. Sozinho eu não vou conseguir me curar... Sou psicótico mesmo, não me arrependo das escolhas que faço, mas, no caso dele, parece que não tenho controle do que sinto, as minhas atitudes doentias provêm de um local psicológico que não reconheço, de um espaço que o anjo bom de meu superego não alcança, da mesma forma que o Sol parece não iluminar meu ânus...

Pó falar em psicologia do ânus, lembrei agora das fases do desenvolvimento psicossexual freudiano, subdividido nos estágios oral, anal, fálico, de latência e genital. Na minha própria autoconcepção, pensava eu ter enganchado na primeira fase, ter pulado a segunda e a quarta, ignorado a última e deliciado-me na terceira. Recentemente, porém, experimentei algo inédito, que muito me fez entender o comportamento de pessoas que me cercam: pela primeira vez em minha vida, senti dor enquanto defecava. O interessante é que, ao sentir dor, também senti um certo prazer. Fiquei ouvindo as palavras de Marcelino na hora: “se a bosta às vezes já dói tanto para sair, imagine uma rola entrando no cu”... Até o momento, não havia sentido tanta curiosidade de praticar sexo anal quanto os homossexuais que eu conheço, mas, nesse dia especifico, resolvi dar uma chance psicológica a meu próprio corpo. Agora já é algo que eu não desconsidere por completo. Basta apenas que eu ache o homem ideal para tanto...!

Mas, voltando: estou pedindo socorro, irreservadamente, a quem quer que leia esse texto ou veja esta imagem: SOCORRO! EU PRECISO DE TUA AJUDA!

Wesley PC>

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