domingo, 18 de janeiro de 2009

ANTECIPAÇÃO CONFESSIONAL


Acabei de ver num filme clássico hollywoodiano:

“As pessoas que são felizes no amor sempre deixam o suflê queimar, ao passo que as que não o são esquecem até de ligar o forno”...

A fim de me esquivar dessas estatísticas, tornei-me vegetariano e alimento-me de muita comida crua (risos), mas, se serve de consolo, minha temperatura gastronômica está sempre no ponto. Devo ser um tipo de ciclotímico passional irregularmente alimentado, mas cercado de sobremesas por todos os lados. Sobremesas caras, sobremesas inacessíveis talvez, mas que enchem a barriga de qualquer um apenas com o cheiro...

Por essas e outras, entendo o que a Edith Piaf quer dizer quando canta:

“Noites de amor que não acabam mais
Uma grande felicidade toma seu lugar
Os aborrecimentos e as tristezas se apagam
Feliz, feliz até morrer

Quando ele me toma em seus braços
Ele me fala baixinho
E eu vejo a vida cor-de-rosa”


Referência: “La Vie en Rose”, trilha sonora incidental da pérola norte-americana “Sabrina” (1954), dirigido pelo cínico Billy Wilder, que mostra a bela e imatura personagem-título, vivida por Audrey Hepburn, dividida entre dois irmãos. Ela passa quase toda a sua vida sob uma árvore, observando o esnobe objeto de seu afeto, que a ignora, que não a enxerga... Até que ela percebe que existe mais alguém no mundo. Existe mais alguém no mundo!

Wesley PC>

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