quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Mariana


Antes, corria da chuva com medo de chorar
Procurava um canto, buscava refúgio, olhando pro mar
Hoje, corro com a chuva, sem ter medo de me molhar.

Sonhávamos contigo, tentando cultivá-la
Acreditava num fortalecimento libertário
Por mais difícil que seja, me via na sala
Esperando pelo odiado Mário.

Só que antes disso, penso nela correndo
Brincando, cantando, dançando forró
Depois de deixar a boneca pra jogar futebol.

Penso também, como será a cama que dormirá
Os livros que serão lidos, nos dias em que eu estiver fora
O dia em que lhe levarei pra conhecer o mar
E o dia que lhe deixarei, o dia que irei embora.

Mas não me importa como a semente será plantada
Eu quero mesmo é poder mostrar o que aprendi
Ao reaprender com minha mais nova amada
Tudo que fiz questão e não esqueci.

Queria que, comigo, comprasse os pães
Por ter uma saúde melhor que a minha
Queria que fosse ainda mais bela que a mãe
E que não separasse a ninguém com uma linha
Pois, meu bem, se tudo correr assim
O que eu mais quero, é que seja diferente de mim...


Marcão Vicente, 22 de janeiro de 2009.

2 comentários:

Pseudokane3 disse...

Já chorei na chuva...
Não é para ter medo mesmo!
É curativo pacas!
Já fiz mais de uma vez...

De resto, não entendi os recados ocultos...
Interno demais, ou externo demais para mim, que seja...
É um pacto, deixa queito.

Viva -ana!

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Pseudokane3 disse...

Relendo, já sei do que se trata... Que óbvio! Que entreguista até... Interessante ver Marcos comportando-se de forma tão passional quanto eu, mas, ao contrário, investindo em esperanças filiais futuras... Sonhando... Cada um de nós utilizamos técnicas diferentes, né?

Só fiquei encucado com a parte do "não importa como a semente será plantada"...

Mas que seja: boa progenitura, Marcos Vicente!

Quem me dera ter um útero nesta hora (risos)

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