domingo, 16 de novembro de 2008

DEFINIÇÃO DE METONÍMIA


Sou obcecado por fotografias. Gosto muito de ficar me olhando, de ficar me comparando, de ficar pensando se a pessoa reproduzida nas imagens passa pelas mesmas sensações que eu, se sente o que eu sinto... Olhando para esta foto, datada das 2h da madrugada de 8 de junho de 2008, eu percebo que SIM. Neste dia, eu fiz uma prova que seria importante para o meu futuro, segundo os outros. Fui a um ‘shopping center’ encontrar uma pessoa que seria importante para o meu presente, segundo eu. Ambos os planos deram errados. Devo ter um parafuso quebrado no cérebro, que não consegue esquecer as pessoas...

Quando estou desse jeito, sem saber o porquê de qualquer coisa (e sabendo que “devo ter um parafuso quebrado no cérebro, que não consegue esquecer as pessoas”), apelo para a televisão. Foi o que fiz nesta tarde de domingo, 16 de novembro de 2008. Liguei a televisão e passei 2 horas e meia diante de seriados norte-americanos. Tempo recorde.

Comecei com “One Tree Hill”, da Fox, no qual uma babá nadava nua na piscina do casal para o qual cuidava do bebê, o que deixou o pai de família louco por ele, criando uma crise no casamento, que se estenderia até um bar, onde outras pessoas brigavam, incluindo uma mulher loira que recusa o pedido de casamento do homem de sua vida e, quando se arrepende e vai atrás dele, outra loira (falsa) havia recebido o mesmo convite, e aceito. Termina o episódio. Música triste. Tentei dormir. Mas garotas pulavam corda em frente a minha casa (o que me deixou feliz e nostálgico) e meu irmão gritava na sala, pois o time para o qual torce, Flamengo (do Rio de Janeiro) estava vencendo um jogo de futebol contra o Palmeiras, se não me engano (5 X 2 foi o placar). O sonho aidético de mais cedo ainda me atormentava... Os abraços imaginados do dia anterior também.

Voltei a ligar a televisão, agora no canal Warner. No primeiro seriado que vi, “The Big Bang Theory”, um ‘nerd’ entristecia-se porque seu melhor amigo estava apaixonado por uma cientista cuja teoria acerca do formato da matéria no subespaço diferia da sua, até que eles terminam o namoro. No seriado seguinte, “Two and a Half Man”, um pai solteiro abobado infecciona a sua orelha direita ao fazer um furo equivocado apenas para agradar a filha de sua empregada, pro quem cria estar apaixonado, até que o namorado mexicano da mesma consegue atravessar novamente a fronteira com os EUA e acabar com seu dilema.

Fim de episódio, mudei de canal. Fox de novo. “Os Simpsons”. Os pais de Millhouse, o amigo de Bart com o cabelo azul, resolvem se casar novamente e saem em lua-de-mel num cruzeiro marítimo. Caem do navio, todos pensam que eles haviam morrido. Millhouse entristece-se deveras e torna-se autoconfiante, logo, o menino mais legal do colégio, deixando o outrora popular Bartholomew J. Simpson bastante enciumado. A tristeza dá fama a Millhouse, que consegue até mesmo a atenção de sua amada Lisa. Pena que ele estava impotente quando ela finalmente cede. Pena. Mas o final do episódio é feliz. Não estava preparado para aquilo. Liguei o rádio e encontrei a salvação na voz do Júpiter Maçã:

“Nós gostamos das mesmas coisas
Nas pessoas os seus amores
Apreciamos nas flores as cores
Mas, meu amor, a gente junto não rola
E você sabe, meu amor, não rola”


Wesley PC> (pensativo e longe de Gomorra, às 19h57’)

Um comentário:

Unknown disse...

Porra! Essa música do Júpiter com sotaque português é muito boa. Quer dizer, qualquer música do júpiter aqui citada eu iria elogiar.