domingo, 16 de novembro de 2008

SE EU FOSSE OBRIGADO A SALVAR APENAS UM CD DE MINHA CASA EM CHAMAS NESTE EXATO MOMENTO, QUAL ESCOLHERIA?


Ah, seria difícil escolher, mas não me consolaria jamais se deixasse o fogo consumir “Homogenic” (1997), da Björk, uma das obras de arte musical mais coerentes que já pousaram diante de mim. Se eu fosse escolher agora, seria este.

“Homogenic” inicia-se com “Hunter”, em cujo videoclipe a islandesa Björk traveste-se de urso polar e fica contorcendo-se de amor, dizendo que “vai transmitir as boas notícias, mas não sabe quando”. Assim me disse um garoto homônimo, com quem compartilhei três semanas dedicadas de minha vida antes do abandono. Assim, esta música penetrou em meu corpo e jamais saiu!

Segue-se a magistral “Joga”, que versa sobre a solidão como “estado de emergência” no plano a geografia emocional. O videoclipe do surrealista Michel Gondry é demasiado sucinto, mas cumpre à risca o que a canção quer dizer. Contorço-me sempre que ouço e tento reproduzir os gritos do refrão.

A terceira faixa é “Unravel”, divina, perfeita, sublime, sobre o Diabo que insiste em sorrir enquanto enrola o amor da protagonista num novelo de lã. Até mesmo o sofrido Thom Yorke já se rendeu à grandiosidade desta canção agonizante, minha preferida, que repito, repito, repito... e revivo...

...Até desembocar em “Bacherolette”, cujos versos finais dizem: “Eu sou a árvore na qual crescem corações/ Um para cada qual que tu tiraste/ Tu és a mão intrusa/ Eu sou o galho que tu quebraste”. Marcos Vicente, gosto muito de ti – ainda e sempre!

Seguem-se mais 6 músicas, que desembocam na eloqüência tecnológico-gritante de “Pluto” (uma das canções que minha mãe mais detesta!) e “All is Full of Love” (cujo título dispensa maiores explicações).

Sou fã da Björk! Parece que ela escreve diretamente para mim!
Wesley PC>

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