terça-feira, 18 de novembro de 2008

CARALHO, PÔRRA, CABRUNCO DA PESTE!


Não sei se xingar resolve, mas é doloroso se perceber tão submisso a Hollywood, tão nu diante de um filme que poderia ser ruim, diante de um cineasta que, quando estou com os olhos aberto, considero um dos meus principais arquiinimigos talentosos. É doloroso, mas gostei de “Tudo Acontece em Elizabethtown” (2005, de Cameron Crowe). Gostei mesmo, apesar do final interminável e chato. Gostei ("fui hipnotizado" talvez seja a expressão mais correta)!

Por que gostei se abomino todo o contexto neoburguês vinculado ao reencontro de um ‘yuppie’ projetista de tênis com a família de seu pai militar recém-falecido que, antes de optar pela cremação do cadáver, resolve preparar uma larga festa de despedida, em que será executa “Moon River” (canção de Henry Mancini), a preferida do morto? Por que gostei?

Talvez porque Kirsten Dunst esteja no elenco, talvez porque uma ou duas canções da trilha sonora funcionem, talvez porque eu tenha me identificado deveras com a cena em que eles passam mais de 2 horas falando ao celular, talvez porque eu antevisse que não conseguiria dormir naquele dia, talvez porque eu seja humano...

Não vou recomendar o filme. Não vou. Aí já seria demais!
Portanto, se vocês quiserem ver uma estória de amor convencional, em que os personagens não percebam que são meras “pessoas substitutas” e que não saibam o que fazer com os momentos de tristeza e fracasso, NÃO vejam este filme. Repito: não vejam! (risos)

Wesley PC>

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