sábado, 22 de agosto de 2009

PARA SE VER NUMA GRANDE PLATÉIA!


Como fã de “Borat – O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América” (2006, de Larry Charles) e já tendo me explodido de rir com um episódio do programa de TV “Da Ali G Indahouse”, quando um militante vegetariano é intimado a comer um McChicken sob a pena de, assim, provocar a morte de um frango levado ao palco com uma arma na cabeça, sabia que “Bruno – O Filme” (2009, também de Larry Charles) é um filme que seria melhor apreciado no cinema, ao lado de uma grande platéia de desconhecidos. Por mais que o filme não seja necessariamente o que eu chamaria de “cinematográfico”, dado que estende por tendo demasiado um emaranhado de situações espontâneas televisivas, é uma opção muito boa para se papocar de ri – e foi o que vi hoje à tarde, ao lado de outro felizardo: papoquei-me de rir!

Ainda que a “trama” do filme seja tola (depois de perder seu emprego como apresentador de TV ‘fashion’ por tumultuar um desfile de moda com seu terno completo de velcro, o personagem-título tenta desesperadamente ser famoso, mesmo que precise fingir ser heterossexual para isso), algumas ‘gags’ anárquicas deste filme são risivelmente inesquecíveis e, sem querer estragar aqui a diversão de ninguém, destaco o momento da foto, em que o protagonista pergunta a um assistente se seus óculos estão a combinar com a roupa; o instante em que ele conclama dois diplomatas (um israelense, outro palestino) a cantarem juntos uma música sobre a morte de cristãos; a cena em que ele tenta filmar um pornô ‘gay’ com o ex-presidente do Canadá; e, acima de tudo, a hilária entrevista frustrada com Paula Abdul, em que ela responde sobre questões humanitárias sentada nas costas de trabalhadores mexicanos que fingem serem sofás. Repito: as duas pessoas presentes na sala de exibição caíram na gargalhada!

Lastimosamente, o potencial cômico sobressalente do inspirado ator e roteirista Sacha Baron Cohen perde impacto quando ele tenta “ficcionalizar” demais o seu personagem (vide as cenas passadas num acampamento de caçadores ou no exército), mas as piadas contra homofobia, as situações politicamente incorretas envolvendo um bebê africano, asa tentativas de convencer um pastor evangélico a usar leus lábios “dedicados à exaltação de Jesus Cristo” ao boquete e as táticas sexuais utilizadas por um casal sadomasoquista ‘gay’ para não cair no tédio marital compensam – e muito! – o preço do ingresso! Pena que o filme não estreou em Sergipe ainda...

Wesley PC>

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