domingo, 16 de agosto de 2009

UM ÓTIMO MOTIVO PARA SAIR APAVORADO DA SALA DE CINEMA!



Prestem atenção neste cartaz e no título do filme anunciado: “Arraste-me Para o Inferno” (2009, de Sam Raimi). Há muito, muito tempo não ficava tão empolgado para ver um filmizão de público. Só pela originalidade do título já valeria o preço do ingresso. Nem precisava ser tão bom. Entregaria o dinheiro no caixa da sala do cinema. Falaria apenas “Meia. ARRASTE-ME PARA O INFERNO” e me daria por satisfeito, mas não, o filme é ótimo, quase excelente, engraçado, assustador, hipnótico, previdente, maravilhoso. Saí da sessão apavorado! E, pelo jeito, não só eu: olhava para o lado e via garotinhas em transe (a censura do filme é 16 anos) com a quantidade de materiais que penetram a boca da protagonista (de moscas e sangue alheia até a mão completa de uma cigana!); olhei para trás, ao final da projeção, e percebi dois amigos entusiasmados: “estás vivo ainda? Sam Raimi é de arrombar!”. Filmaço! Por favor, se alguém estiver lendo-me nesse instante, corra para o cinema, o filme é genial!

E, se estou a abrir minha boca digital neste momento para gritar que o filme é genial (O FILME É GENIAL!!!) não é somente por causa de suas incursões muitíssimo bem-sucedidas no gênero concomitante entre horror explícito e ‘terrir’, mas por tudo que está relacionado ao brilhante roteiro, escrito pelo próprio diretor, em colaboração com seu irmão Ivan. Tentarei ser bem sucinto, para não estragar o prazer e o choque de quem seguir o meu conselho: a trama fala de uma atendente de banco que, ao negar um empréstimo para uma cigana idosa, é perseguida por uma maldição infernal. Para mim, que trabalho como recepcionista e sou obrigado a dizer NÃO de vez em quando, o pavor foi múltiplo!

Não saberia agora dizer qual lance fílmico me chocou mais (no melhor sentido da palavra): as mordidas repetidas de uma velha completamente desdentada na protagonista; a forma com que, após se confessar vegetariana e defensora de animais, a personagem principal relaciona-se com seu gatinho de estimação quando alguém lhe diz que o sacrifico de uma criatura aplacaria a fúria do demônio que a persegue; a pujança dos dilemas morais apresentados; etc.. Quase tudo no filme é pensado minuciosamente para manter o espectador absorto, assombrado e rindo no limiar da histeria. Talvez somente uma cena em cemitério seja desnecessária por sua inverossimilhança convencional, mas, de resto, o filme é fabuloso! Tenho que parar de escrever sobre ele, a fim de não prejudicar alguns detalhes tramáticos absolutamente surpreendentes (não, não é o final – risos), mas suplico-vos, gomorrenses e afins: VEJAM ESTE FILME!

Wesley PC>

3 comentários:

Lilian caroline disse...

pré-comentário- irei assisti-lo amanhã.

Anônimo disse...

Lilian, não perca a oportunidade de dizer:“Meia. ARRASTE-ME PARA O INFERNO”


Rafael Barba.

Lilian caroline disse...

Logo depois e durante o filme, pensei:
Drag Wesley to Hell, pois o achei trash, cômico e que tinha perdido meu dinheiro,kkkkk. Mas com a maravilhosa inteligência de Ricardo e sabedoria de Wesley percebi que pecado é pecado. Ela pagou pela má ação que teve. Um filme político como disse Wesley. Pude ver uma moral por trás de uma perspectiva cristão e tal... mesmo com as características pitorescas e bem jocosas do filme.
Ah! Nunca mais tratem mal uma velhinha ( se já trataram, né... é claro, kkkkkkk)
Beijos, Wesley