domingo, 7 de novembro de 2010

“POR QUE AS CABEÇAS DELES ESTÃO TODAS RAPADAS?”, PERGUNTA A MINHA MÃE. “ESTILO”, RESPONDE O MEU IRMÃO.

Em outras palavras, hoje eu dormi mais de 10 horas pela manhã. E ainda continuo com sono. Cochilei nos intervalos capitulares do livro que estou lendo e, a cada vez que desperto, percebo que o sobejo de sono não faz com que nos sintamos descansados. Ao contrário: leva-nos a dormir mais e mais. O sono é um desejo básico e, como tal, deseja mais desejo, logo, mais sono. E esta foi a minha experiência do dia!

Na terça-feira retrasada, conforme já havia anunciado, decidi me submeter a um jejum voluntário, apenas para saber se, sentindo muita fome, eu ainda seria tomado pelas tristezas habituais que eventualmente narro aqui. Hoje, minha submissão voluntária é inversa. Abdiquei de ver a minha quantidade diuturna de filmes no dia de hoje apenas para saber o que acontece comigo se eu exagerar no sono, se eu dormir demais até mesmo para bem obedece a padrões soporíferos sobressalentes. O que é interessante (e bom) é que, até mesmo em cochilos, eu sonho. Ou tenho pesadelos, que seja, não raro revestidos de conotações erótico-pornográficas. Mas acho que é suficiente: vou voltar ao meu livro, que me obseda desde o meio-dia de hoje. Não consigo parar, mesmo admitindo que Cormac McCarthy e eu pertencemos a ambientes diferentes. Ele sabe bem o que é promontório e paisagem aluvial. Eu não sabia antes dele. Agora sei – e vou continuar sabendo, mesmo finda a leitura. Se tudo der certo, em uma postagem ou duas, eu resumirei o que o livro publicado em 2005 me causou. Garanto que tem a ver com quase tudo, menos com sono, por sua vez mui constante do “Purgatório”, publicado pelo italiano Dante Alighieri no século XIV, o qual terminei de ler entre uma soneca e outra, repetindo para mim mesmo o que fala uma alma atormentada: “ditosos o que a luz divina poupou ao guante rude e extraordinário da gula, que decerto os não domina, pois se contentam só do necessário!”.

Na TV, meu irmão assiste a um jogo de futebol entre os times do São Paulo e do Corinthians. Minha mãe passa pela sala e pergunta ao meu irmão: “por que as cabeças deles [os jogadores] estão todas rapadas?”. “Sei lá, estilo!”, responde o meu irmão.

Wesley PC>

Um comentário:

Tiago de Oliveira disse...

te sinto um companheiro. (risos)