terça-feira, 9 de novembro de 2010

QUANDO UMA COISA (LEIA-SE CONJUNTO DE COISAS) FICA REPETINDO, REPETINDO E REPETINDO EM NOSSA CABEÇA...

Depois da insônia perplexa e conseqüencial do dia anterior, acordei na madrugada de hoje para ver um filme cultuado por meninas apaixonadas e por ‘gays’. Meu interesse de futuro culto tinha outro foco: o diretor William Wyler, um de meus favoritos no que tange aos louvores da obsessão em Hollywood (vide exegese pessoal aqui). Penúltimo filme dele, tinha que ver!

Já tinha visto a continuação deste filme [“Funny Lady” (1975), de Herbert Ross] e não gostara muito, mas “Funny Girl – A Garota Genial” (1968) me manteve num estranho estado de estupor, que só foi intensificado pelo fato de eu estar meio sonolento, meio sonâmbulo, completamente apaixonado. Tão fantásticos os enquadramentos do fotógrafo Harry Stradling Sr. (vide foto), já acostumado a enquadrar a histriônica e carismática Barbra Streisand, que eu ficava mentalmente a fazer contagens milimétricas entre a posição de um dado objeto humano e para onde se dirigia o seu olhar, tamanho o rigor proporcional de cada seqüência. E as músicas? Apesar de eu não conseguir apreendê-las de todo – visto que vi o filme numa versão dublada, que ignorou a legendagem das canções – elas me possuíram, me invadiram como se fosse um emaranhado de lombrigas ávidas pelo consumo de minhas substâncias mais essenciais, consumo este tão parasitário quanto devolvido à minha própria identidade. E, assim, eu prefiro ser triste ao teu lado, o que me torna, por extensão, mais feliz do que ao lado de qualquer outra pessoa! Eu sou louco por ti, pois tu me fazes forte, mesmo quando não passas de um pensamento recorrente em minha mente. Estou tentando pensar noutra coisa, enquanto reorganizo em minhas impressões espectatoriais o que realmente eu achei deste filme, mas as letras das canções ficam indo e vindo e voltando e voltando e voltando...

Na madrugada do dia 18 de novembro, este filme vai ser novamente exibido na HBO2. Tomara que eu consiga despertar a tempo e revê-lo. Lindo, lindo! Não me diga para não voar, eu simplesmente consigo. Se alguém sofreu um derrame aqui, este fui eu e não tu. Quem foi que te disse que era permitido chover no meu desfile?

Wesley PC>

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