Desde pequeno, “Johnny Vai à Guerra” (1971, de Dalton Trumbo) é um filme que me perturbava, sem nunca tê-lo assistido. Fi-lo agora e ainda estou cá, impressionado. A trama do filme é uma simplicidade aterradora: o personagem-título, vivido pelo bonito Timothy Bottoms, recruta-se no exercito, pois desde criança seu pai ensinara que ele poderia levar a democracia ao mundo. Numa trincheira, ele é atingido por uma explosão e perde os dois braços, as duas pernas e o rosto (olhos, ouvidos, nariz, dentes e boca). Conclusão: torna-se um tronco humano, inerte, preservado vivo para finalidades científicas, ao passo que ele pensa e sente o tempo inteiro. O filme, então, narrado pelo protagonista, transporta-nos toda a sua agonia, intercalando suas impossibilidades comunicativas com memórias de infância, juventude e delírios oníricos. Em dada cena do filme, minha mãe, que estava na sala, disse: “se um dia eu ficar em coma, pode desligar os aparelhos, filho. Não quero ficar dependendo de máquina nenhuma”. Digo o mesmo agora: podem me desligar!
Wesley PC>
Wesley PC>
Um comentário:
Gomorra ficando internacional.
Que espécie de spma ou virus é essa?
Ah! Sim.
uma das coisas que me desgotou nas bandas de rockizinho dos anos 80 é que eles são tão classemedistas intelectuais que nem sequer se preocupama em apontar as referências que fazem.
Esse filme se tornou título de uma músci da Plbe. Engenheiros faz a mesma coisa... ¬¬
feop
Postar um comentário