domingo, 8 de fevereiro de 2009

“A GENTE SÓ NÃO INVENTA A DOR”...


Da primeira vez que vim a Recife, no comecinho de setembro de 2008, houve um assalto automobilístico no prédio em frente àquele em que eu me encontrava, o suficiente para que minha anfitriã se antecipasse em gritar: “esta é uma das cidades mais violentas do País!”. Há poucas horas, um segundo fato urbano veio marcar minha estada: um carro desgovernado tromba com a portaria do edifício em que me hospedo. Na foto, o momento em que um reboque retirava o veículo absolutamente destroçado. O interessante na estória é que hoje eu me acordei triste, demasiadamente triste. [ih, lá vem um texto pessoal novamente...]

Como sou hóspede, turista e, portanto, tratado como um “xodó”, às vezes sou levado a lugares que as pessoas que eu gosto gostam, mas que eu odeio. Ontem, por exemplo, tentaram me4 convencer a ficar no interior de uma burgueria estilosa da cidade. Eu protestei, gritei, esperneei, dei chilique. Disse que sou ideologicamente proibido de ficar naquele tipo de lugar, por mais superficialmente bonito que fosse. Chamaram-me de “extremado”, mas, ao final, compreenderam-me. Porém, cheguei em casa com dor de cabeça, extenuado. Não consegui ver filme nenhum, tive sonhos ruins, acordei desanimado, com medo de comer, de ser um estorvo... Para piorar, o carro bate na porta do prédio, um copo se espatifa na mesa e eu quase tenho uma recaída, escrevendo mais um daqueles textos com nome de moço. Não o farei...

Interromperei meu intento... 1, 2, 3, já!

Wesley PC>

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