Dor, dor, dor... Está doendo, doi, há de doer! Existir doi. A dor existe. Alegra a dor que tira o filho das entranhas das mães. Como irá doer a ressaca após a celebração! Como aquela canção de Raul diz o que eu quero dizer a todo instante: SIM! Sim, é a palavra. O mais perfeito trágico virá. Em que lado da ampulheta estarei nesse momento? Abraço a dor e me celebro. Portanto, celebro a existência. Infeliz quem nega. Infeliz quem foge da dor. Eu quero a todo instante dizer sim. Não creio que a dor esteja intrinsicamente ligada à tristeza. É antes de tudo um ser inquietante que provoca inquietação. Geradora de movimento.
Tiro a remela dos olhos, me espreguiço, fico ébrio, dou um chute, expulso o tédio. Fico ébrio, me contagia o amor, me mudo da filosofia. construo um barco de alegria, navego num oceano de dor.
Leno de Andrade
DOIS É DEMAIS EM ORLANDO (2024, de Rodrigo Van Der Put)
Há uma semana
Um comentário:
E, mais legal ainda de se pensar nisso, DOR é uma palavra muito cara ao universo do Tom Zé... Vai ser uma noite legal, guri! Disso eu não duvido...
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PS: nem sempre te imagino sofrendo...
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