terça-feira, 25 de novembro de 2008

Eterno retorno dos pingos

Quando eu tinha 18 anos cheguei em casa um pouco molhado da chuva, sentei na cama e pensei: já pensou se eu fosse um pingo? Então peguei o violão e fiz uma música, a letra é o seguinte:


Os Pingos
(Leno de Andrade)


Olha cá, sou desespero solto ao ar
Tudo cai, tudo vai, mas pr'onde será?
Vou voltar para qualquer lugar
Tudo vai, tudo cai, mas pr'onde será?

E os pingos caem, então regresso ao chão, ao rio e ao mar.

Quero transbordar, me soltar
Desse lago, desse lado do mar
E descongelar.
Derreter, correr,
Pra regar a mais linda flor
Pois o tempo, saiba, o tempo
Vai mudar

E o sol atrai, vapor me faz, então regresso ao ar.


Leno de Andrade

Um comentário:

Pseudokane3 disse...

Juro que estou imaginando esta canção como se fosse um hino à Ave Sangria, daquelas que se esgüelam de tanto existencialismo... Ah, gostei!

Gosto, aliás!

Se eu fosse compositor, escreveria agora urgentemente sobr eo desespero de ter dormido 11 horas seguidas. 11! Acabo de acordar desde a meia-noite de ontem!

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