quinta-feira, 27 de novembro de 2008



VOCES INOCENTES

Ontem estava em casa e resolvi assistir esse filme maravilhoso que conseguiu me comover do início até o fim, e que por pouco me fez chorar, assim como também o meu amigo Lucas (cobra).

O filme trata sobre uma guerra civil, no país de El Salvador, entre camponeses e militares (bancados pelo os EUA) e que se alastra até um pequeno vilarejo onde vivem os personagens principais que estão na foto.

O menino, chamado Chava, quando chega aos seus onze anos de idade começa a ter a responsabilidade de ajudar a mãe no sustento do lar, e como citei a cima, enquanto ocorre uma guerra civil. E o que me deixou mais eufórico era a forma que mãe dele o tratava, necessitando às vezes castigá-lo somente para protegê-lo da guerra, e o ápice foi ele mostrar para sua mãe, com suas atitudes que se fazia necessário lutar pelos seus direitos e participar da revolução que acontecia lá fora. Faz-me até lembrar de outro filme que recentemente assisti que foram os sonhadores.

E ai alguns podem estar se perguntando por que postar isso, é que comecei a questionar-me até onde contribuo para uma Revolução social, e percebi que contribuo da melhor forma que posso. Então comecei a lembrar também o quanto alguns amigos militantes não entendem e não respeitam a minha forma de participar do movimento estudantil, só porque não uso os velhos clichês como “neoliberalismo, reforma universitária e outros”, e me tratam como se não desse valor a isso também; e até uns amigos que acham que tenho repulsa do DALH, ou que não quero expressar minha opinião, ou que são donos da verdade absoluta.

Lembro então que no final do filme conversava com Feop, e ele me contou que um amigo seu lhe falou uma vez que a Revolução só fazemos é quando vemos nossas filhas ou irmãs sendo estupradas, ou quando vemos nossos amigos sendo mortos em nome da tão sonhada LIBERDADE.

Para mim a Revolução começa no individual pra chegar ao social, ou seja, mo micro para o macro, e não como vejo alguns por aí dizendo que querem revolucionar e não conseguem revolucionar a si mesmo, e que criticam os outros por pensarem diferente.

Por fim deixo uma pergunta: será que estamos esperando que estoure uma guerra civil para Revolucionarmos a sociedade? Ou será que é demérito de alguns não perceber que quem está ao seu lado, por mais ínfimo que seja, está tentando Revolucionar a si mesmo e aos outros?

Deixo aqui o meu desabafo,

Ferrerinha

5 comentários:

Unknown disse...

meu amigo Ferreira, gostei do seu desabafo.

Rapaz, hoje valorizo muito as mudanças individuais e mentais, são mais tangíveis.
Nós que estudamos história sabemos muito bem o que acontece depois das revoluções...

Marcão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcão disse...

“Vocês vão fazer alguma coisa pra consertar as suas próprias vidas?
Eu cheguei a seguinte conclusão:
Não adianta consertar o resto...
Consertar a gente...
Ajuda pra caramba!”

Renato Russo

Taí, gostei mesmo do que tu falaste, "e até uns amigos que acham que tenho repulsa do DALH"...

"Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...

Tão Jovens! Tão Jovens!..."

mais uma do RR.

Silvio Carreiro disse...

A militância revolucionária não precisa necessáriamente estar a associada à militãncia dos outros, ainda mais se estes a entendem como fruto de reuniões chatas pra cacete, hierarquizadas sob critérios mixurucas e ultrapassados.Emocionar-se com personagens retratados dentro de uma guerra civil tem alcance explosivo internamente e desencadeador de atitudes revolucionárias, como postar essas corajens cotidianas, de expor-se a perseguições e pechas. Injustas e reacion´parias.

Gomorra disse...

Não vi o filme ainda, mas concordo com o que foi dito acima...

Tudo pulsa, tudo é vida!

Dá-lhe, Ferreirinha!

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