Por mais que eu já tenha folheado o indispensável guia “1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer”, não me lembrava de ter parado na página 406 e ler sobre este filme. Deveria. Jogar-me de cabeça nesta jóia experimental, que influenciou tanto o cinema de Jan Svankmajer e Raoul Servais quanto a abertura da telenovela “Cordel Encantado”, para ficar em apenas alguns exemplos óbvios, sem uma preparação bibliográfica mais intensa (é imprescindível ler Freidrich Engels antes de ver este filme) é algo que extenua. Extenua mas dá prazer mesmo assim: é muita informação no filme, muita informação mesmo!
O verbete sobre o filme no guia editado por Steven Jay Schneider adverte que o filme “tem até algum tipo de enredo. O espectador pode agarrar-se aos elos gráficos e associativos que existem entre os objetos e formas que dançam através de cada fotograma”. E, sempre que um martelo aparecia, ouvíamos o barulho de um sino. E víamos peixes, melancias, bebês choramingando, cachorros latindo, figuras da arte vitoriana, ding-dong, triiiim... Buá! Melancia, melancia, conta-gotas. Um homem, um manequim. Ding-dong. O martelo. Segundo o que aprendi com Friedrich Engels, o uso de ferramentas foi essencial na transformação do macaco em homem. O trabalho redime e transforma? Triiiim!
Wesley PC>
terça-feira, 29 de maio de 2012
DESAFIO SEMANAL DOS 11 FILMES - #03: “MAGIA DO CÉU E DA TERRA” (1962, de Harry Smith)
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