Assistindo ao filme, percebei o quanto o diretor e roteirista Michael Cuesta, responsável pelo ótimo seriado televisivo “Dexter” e por um ótimo filme triste de nome “12 Anos e Pouca Ilusão” (2005), é talentoso em seu apoio aos marginais juvenis e aos adultos desconsolados. Lamentei que ele seja tão injustiçado nos circuitos independentes de cinema, que talvez se preocupem com as vertentes amorais de suas tramas e releguem-no a uma posição obliterada nos elogios públicos de filmes sobre adolescentes. Sem dúvida, ele entende o quanto as ações infantis interferem no crescimento dos indivíduos. Com certeza, seus roteiros possuem reverberações biográficas. Tornei-me um fã moderado dele, de maneira que prestarei atenção cuidadosa em sua carreira evolutiva.
Enquanto o garoto chorava e o pedófilo o consolava sem segundas intenções (que fique bem claro!), eu lembrava o título do disco mais executado em minha casa esta semana: “Crying” (1962), de Roy Orbison. Além de simpatizar bastante com a canção-título e com tudo o que emula um clima lynchiano nesta obra-prima da discografia norte-americana, eu cruzei algumas informações contidas no filme e no disco com minha vida pessoal e o resultado foi a letra da faixa 3, composta por Boudleaux Bryant:
“Love hurts, love scars, love wounds and marks
Any heart not tough or strong enough
Take a lot of pain, take a lot of pain
Love is like a cloud and it holds a lot of rain
Love hurts, (ooooo) love hurts”
Wesley PC>
Wesley PC>
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