quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

PRÉ-INDICATIVOS DE DEPENDÊNCIA PARA O CINE-GOMORRA DESTA QUINTA-FEIRA


Então, a vida continua, né? Depois dos três maravilhosos filmes vistos na madrugada de ontem, temos que pensar no que ver daqui para a frente, nesta que é a nossa última semana de férias. Não sei se insisto no egoísmo revelado na postagem anterior ao atrelar os filmes que gostaria de levar amanhã a pessoas queridas, mas seguem aqui as minhas sugestões:

- Se Glauco aparecer, gostaria de exibir “Um Homem com uma Câmera” (1929), clássico futurista do russo Dziga Vertov, que, além de saciar um desejo confesso de nosso querido Madruga em estudar as escolas vanguardistas de Cinema, foi a derradeira sugestão fílmica deixada por nosso amigo Wendell antes de regressar para Campinas. Sem contar que o filme é uma obra-prima contagiante e acho muito, muito, muito difícil que alguém não se empolgue com ele...

- Se Rafael Maurício aparecer, gostaria de exibir “Rain Man” (1988), quiçá o único filme largamente aprazível do estadunidense Barry Levinson, que, além de receber merecidos prêmios industriais, lega ao mundo uma das melhores interpretações masculinas do cinema, a cargo de Dustin Hoffman, que, como o autista antonomasiado pelo título, cativa até mesmo o mais seco dos corações, incluindo aí o monetifágico personagem de Tom Cruise;

- e, se meu prezado Marcos Vicente aparecer, gostaria muitíssimo de exibir o filme aí da foto, “Inimigo Meu” (1985), clássico do alemão Wolfgang Petersen, mesmo diretor da obra-prima “A História Sem Fim” (1984), que, tal qual antecipara em seu filme anterior, tece relevantes considerações acerca dos interstícios existentes entre o Bem e o Mal. Em outras palavras, sobre aquela área estranha e memorável que ultrapassa o maniqueísmo. O argumento tramático, no mínimo genial, flagra dois arquiinimigos mortais que caem num planeta hostil, num futuro distante, e, após muitas agruras e brigas, são obrigados a viver juntos, harmonicamente, chegando a esboçar algo que se assemelha a amizade, algo que talvez ultrapasse a própria amizade. É um filme obrigatório, que há muito preciso rever e que me lembra violentamente que o perdão não perpassa pela abdução da memória.

Se alguém não se opuser, mesmo que os três seres citados nos parágrafos não apareçam em Gomorra, sentir-me-ia deveras honrado em rever estas três preciosidades cinematográficas ao lado de pessoas que amo. Alguém se opõe?

“Brigar pra quê?
Se é sem querer
Quem é que vai nos proteger?
Será que vamos ter que responder
Pelos erros a mais
Eu e você?”


Wesley PC>

2 comentários:

Rafael Maurício disse...

caralho, inimigo meu
minha tia me chamava assim quando eu era pequeno por causa desse filme
nao sei se eu vou aparecer hj, mais eu gostaria muito mesmo de ver o rain man, e se eu nao me engano ele estava na lista não?, senão acrescente rs, além disso estou com uma dor estranha no fígado direito

Pseudokane3 disse...

Sim, Rafael M., este filme estava na lista. Não é á toa que me chamam de "ardiloso", baby!

E, putz, tua tia te chamava disso? Quer que eu diga o porquê ou tu queres descobrir sozinho? Digamos que tem a ver com uma parte de seu corpo que...

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