domingo, 19 de agosto de 2012

ACORDEI MAIS CEDO... E, ENTRE OUTRAS COISAS, OUVI O DISCO DUAS VEZES!

Na madrugada de hoje, sonhei que o irmão caçula de um amigo tinha Ney Latorraca como professor de Biologia. A fim de demonstrar uma dada função corpórea, ele recomenda aos seus alunos que vejam “Calígula” (1979, de Tinto Brass, Giancarlo Lui & Bob Guccione). Falei-lhe que eu possuía o DVD, mas a sua mãe ficou irritada, tachando-me de pornógrafo, enquanto, no banheiro, o menino se divertia masturbatoriamente com excertos sexuais de filmes videográficos ruins. Acordei me sentindo culpado, evidentemente.

 Apesar de ter dormido mais tarde que os demais habitantes da residência em que eu me encontrava, acordei muito mais cedo que eles. A fim de não incomodá-los, sentei-me debaixo de uma mesa e prestei atenção a “Havoc and Bright Lights” (2012), o disco mais recente de Alanis Morissette, cantora canadense que chegou a ser a minha favorita durante a adolescência.

Oficialmente, ainda gosto muito desta cantora e compositora hoje em dia, mas seu disco mais recente é desagradável: ao invés da sonoridade revoltosa e das letras epanafóricas que a consagraram, o disco investe numa roupagem ‘pop’, em que todas as doze canções investem na fórmula: estrofe → refrão →  estrofe modificada → estrofe → refrão repetido. Decepcionei-me deveras com o disco: as canções são enfadonhas, muito parecidas entre si, um porre. Porém, na segunda audição, pude perceber alguns méritos discretos.

 A primeira faixa, “Guardian”, versa sobre a gravidez da cantora e, para além de sua subsunção formulaica, possui um refrão grudento e uma letra propensa à minha identificação, o que também quase acontece na faixa 02, “Woman Down”, muito melhor quando lida do que quando ouvida. As demais faixas, conforme fiz questão de dizer, são muito parecidas entre si, havendo uma ou outra modificação em “Celebrity” (faixa 04, negativa) e “Empathy” (faixa 05), “Spiral” (faixa 07) e “Havoc” (faixa 09), positivas. Acho difícil que eu venha a gostar deste disco no futuro – por mais que as suas audições repetidas de hoje tenham-no cravado na minha zona de memórias afetivas – e, por isso, não me atrevo ainda a redigir uma resenha mais demorada acerca do conteúdo do álbum. Mas talvez ainda volte a falar sobre ele, não obstante frisar que, aqui, Alanis Morissette me decepcionou bastante. Talvez seja (mais) um sinal...

Wesley PC>

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