sábado, 26 de novembro de 2011

UM LIVRO QUE EU AINDA NÃO LI E ALGUMAS DAS PESSOAS EM QUE PENSO QUANDO LEIO SOBRE AMOR...

Publicado oficialmente em 1847, pela britânica Charlotte Brontë, “Jane Eyre” é um livro que padece de todos os males e qualidades associados ao sobejo de romantismo. Já foi adaptado trocentas vezes para o cinema, mas, até então, não havia assistido a sequer uma destas adaptações. O fiz hoje, pela primeira vez: “Jane Eyre” (1934), dirigida pelo protegido de D. W. Griffith, Christy Cabanne.

É um filme hollywoodiano menor, desprezado até por parte da crítica, mas eu gostei. Talvez por estar ainda mais influenciável e/ou carente que o normal, não sei, mas gostei do modo como a trama sintética é conduzida: em apenas 62 minutos de duração, a protagonista surge como uma garotinha desprezada pela tia e pelos primos, torna-se professora, depois governanta, apaixona-se pelo novo patrão, descobre que ele já é casado com uma mulher louca, torna-se missionária e, ao final, o que pode ser entendido como um final feliz de reencontro e amor abnegado. Intuo (e tenho certeza) de que esta versão fílmica difere bastante do livro, mas me emocionei mesmo assim: fiquei pensando se, um dia, também terei direito a esse tipo de final feliz. Ontem, meus olhos estavam borrados: tenho medo de ficar cego!

Uma das cenas mais graciosas e aterradoras deste filme é justamente quando a protagonista vivida pela pouco expressiva Virginia Bruce conhece a esposa insana de seu amado, anteriormente comprometido com uma terceira mulher, inclusive. Ela sabe que ele a ama, que ele terminou o relacionamento com a dama com quem pretendia se casar e constata que o seu casamento atual está anulado, mas, ainda assim, se sente constrangida, traída, e foge... E eu torci para que ela voltasse, mas ela só o reencontra quando ele está cego, justamente por tentar salvar a esposa louca de um incêndio que ela mesma provocou. E, lá em Paripiranga, talvez estivesse fazendo sol enquanto eu via este filme...

Wesley PC>

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