Faz tempo, muitíssimo tempo, que vi o filme “As Filhas de
Marvin” (1996, de Jerry Zaks). O fiz imediatamente após o seu lançamento, à época,
por conta da indicação de Diane Keaton ao Oscar de Melhor Atriz. De lá para cá,
nunca mais revi o filme, mas pressinto que me emocionarei bastante se o fizer:
em sua trama, o Marvin do título é um velhinho interpretado por Hume Cronyn,
bastante doente e confinado a uma cama. Quem cuida dele é a sua filha mais
velha, que, por conta de uma leucemia, precisa recorrer ao auxílio da irmã mais
nova, que saiu de casa para não ter que cuidar do pai. O resto é emoção, muita
emoção. E identificação, muita identificação!
Lembrei deste filme, mais uma vez, na manhã de hoje, visto
que minha mãe está com a pressão altíssima (18X09) desde ontem. Por conta
disso, não pára de vomitar, o que a impede de se alimentar. Levamo-la a um
hospital, eu e minha cunhada mais nova, na noite de ontem, mas não havia
médicos, não havia remédios... O que máximo que nos recomendaram foi a feitura
de um chá de chuchu! Fiquei indignado, mas a minha indiferença pretendida em
relação ao sistema hospitalar mais uma vez se confirmou, frente à preocupação
extremada com o estado de saúde de minha mãe, que, tendo sonhado esta semana com
vários conhecidos que faleceram recentemente, exclamou na manhã de hoje: “será
que eles estão querendo me levar?”. Abracei-a
com força enquanto ela pensava nisso. Neste exato momento, minha cunhada mais
velha está levando minha mãe para outro hospital, no afã de conseguir ao menos
algum remédio para pressão. Torcendo por ela: amo muito esta mulher de 71 anos
na foto!
Wesley PC>
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