domingo, 28 de julho de 2013

UM DRAMA FAMILIAR (E/OU UM FILME EMULADO):

Faz tempo, muitíssimo tempo, que vi o filme “As Filhas de Marvin” (1996, de Jerry Zaks). O fiz imediatamente após o seu lançamento, à época, por conta da indicação de Diane Keaton ao Oscar de Melhor Atriz. De lá para cá, nunca mais revi o filme, mas pressinto que me emocionarei bastante se o fizer: em sua trama, o Marvin do título é um velhinho interpretado por Hume Cronyn, bastante doente e confinado a uma cama. Quem cuida dele é a sua filha mais velha, que, por conta de uma leucemia, precisa recorrer ao auxílio da irmã mais nova, que saiu de casa para não ter que cuidar do pai. O resto é emoção, muita emoção. E identificação, muita identificação!

Lembrei deste filme, mais uma vez, na manhã de hoje, visto que minha mãe está com a pressão altíssima (18X09) desde ontem. Por conta disso, não pára de vomitar, o que a impede de se alimentar. Levamo-la a um hospital, eu e minha cunhada mais nova, na noite de ontem, mas não havia médicos, não havia remédios... O que máximo que nos recomendaram foi a feitura de um chá de chuchu! Fiquei indignado, mas a minha indiferença pretendida em relação ao sistema hospitalar mais uma vez se confirmou, frente à preocupação extremada com o estado de saúde de minha mãe, que, tendo sonhado esta semana com vários conhecidos que faleceram recentemente, exclamou na manhã de hoje: “será que eles estão querendo me levar?”.  Abracei-a com força enquanto ela pensava nisso. Neste exato momento, minha cunhada mais velha está levando minha mãe para outro hospital, no afã de conseguir ao menos algum remédio para pressão. Torcendo por ela: amo muito esta mulher de 71 anos na foto!

Wesley PC> 

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