terça-feira, 1 de setembro de 2009

NAQUELA HORA EM QUE TODO MUNDO É CLICHEROSO... (OU: EU SOU DAQUELES QUE NECESSITAM DE DESPEDIDAS!)


Pra começo de conversa: por que eu não vou para este evento sexualista para o qual me inscrevi com o intuito de agarrar 15.000 meninos? Resposta 1- porque não é assim que se apagam os traumas de rejeição do passado; Resposta 2- porque, creiam ou não, minha auto-estima é titubeante; Resposta 3- porque eu não sou assim. Ponto. Logo, estou nervoso, preocupado, esperando o pior, imaginando aqui que, no caso de eu desaparecer e nunca mais voltar, como é que meus parentes farão para receber meu salário, para retirar qualquer pertence monetário meu que ainda se encontre em algum banco, que destino será dado às tralhas e bugigangas que possuo em casa, etc.... Que tudo dê certo!

Na madrugada de hoje, sonhei que Marcos Vicente falecia. Talvez tenha sido uma reação esperada, dado que o vi pela manhã, à distancia e de cara fechada para mim, como sempre. No sonho, eu não somente chorava copiosamente, como procurava uma igreja para rezar por sua alma. Eu! Numa igreja! Rezando! Por algo que eu não acredito! Sonhos! Medo! Acordei evidentemente atordoado, não necessariamente triste, visto que minha mãe não me deixava pensar noutra coisa, além dos preparativos da viagem. Mas por dentro... Ah, por dentro... “Será que eu abraço/abracei todos que eu devia?”

Como disse antes, sou daqueles que sempre esperam o pior (e já se conformam com ele de antemão), de maneira que precisava ouvir algo leve para relaxar, algo que tenha marcado bons momentos anteriores de minha vida. Puxei “Under Rug Swept” (2002), da Alanis Morissette. Título mais sugestivo não poderia sair: “varrido para debaixo do tapete”. Não limpo, não resolvido, omitido!

Lembro que eu próprio, que era fã da cantora canadense quando o álbum foi lançado, não gostei muito do álbum. Achei-o algo forçado, dado que eu não curtia o carro-chefe musical do álbum, “Hand’s Clean”, que era tema de alguma novela. Depois de ouvir uma versão acústica desta canção, tudo mudou!

“If it weren't for your maturity none of this would have happened
If you weren't so wise beyond your years I would've been able to control myself
If it weren't for my attention you wouldn't have been successful and
If it weren't for me you would never have amounted to very much”


Sou obcecado pela escrita epanafórica da cantora, pelo modo como as letras evoluem ‘in crescendo’, como os dramas soa narrados a conta-gotas, com o tom ressentido, mas não necessariamente acusador de suas canções. Poderia enumerar aqui trechos personalizados de obras inspiradas deste álbum, como “So Unsexy”, “Precious Illusions” e a obra-prima “Utopia”, mas não, fica para depois... Terei tempo, espero!

E eu me recuso a crer que tenho pesadelos em preto-e-branco.
“Ninguém sabe, exceto nós dois”

Wesley PC>

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