Recentemente, em minha página confessional do Fotolog, redigi um elogio surpreso ao disco “Ceremonials” (2011), da banda britânica Florence + The Machine. Fiquei tão chocado com a qualidade e lugubridade das canções ali contidas que não resisti e adquiri também “Lungs” (2009), o álbum anterior da banda, não tão elaborado quanto o seguinte, mas igualmente interessante em sua combinação entre sonoridade dançante e tristeza extremada. Um trecho da penúltima faixa, “Blinding”, não me deixa mentir: “No more dreaming of the dead as if death itself was undone/ No more calling like a crow for a boy, for a body in the garden/ No more dreaming like a girl so in love, so in love/ No more dreaming like a girl so in love, so in love/ No more dreaming like a girl so in love with the wrong world”…
E era isso o que eu ouvia enquanto aguardava a minha vez de ser atendido numa agencia da Caixa Econômica Federal da manhã de ontem. Quando finalmente chegou a minha vez, o atendente alegou que os papéis rescisórios que apresentei não estavam homologados, de modo que serei obrigado a gastar meu tempo numa agência bancária novamente hoje. Acordei com dor de cabeça, por causa de uma combinação indigesta entre sinusite eclodida e solidão imbuída: passei a noite na casa de um vizinho, ansiando por vê-lo seminu enquanto cantores de arrocha insistiam em declarar o seu amor através de sacrifícios como “andar de shortinho no Pólo Norte”. E como eu aguardei que aquele telefone celular posicionado ao lado de meu travesseiro tocasse...
Wesley PC>
DOIS É DEMAIS EM ORLANDO (2024, de Rodrigo Van Der Put)
Há uma semana
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