terça-feira, 12 de abril de 2011

“RAPADURA FAZ TANTO MAL ASSIM, É?”

Cheguei ao trabalho me sentindo taciturno hoje. Estava preocupado com minha suposta inaptidão profissional na cobertura de um evento ambiental que ocorrerá aqui mesmo na universidade. Entrei em meu setor sem “fazer festa”, como disseram minhas colegas. Perguntaram se eu me sentia mal. Preferi não responder. Minha cabeça estava confusa. Minha chefa, que é diabética, estava almoçando. Lamentou que não houvesse uma rapadura ou um refrigerante ao lado dela. Outra colega de trabalho não sabia que era diabética e, por isso, me fez a pergunta acima. Minha cabeça está confusa ainda. Antes de vir para cá, aliás, estava lendo as derradeiras páginas do romance francês que estava lendo há algumas semanas. Um romance triste, em primeira pessoa. Interpelaram-me duas vezes durante a leitura: um menino que queria saber as horas e outro que queria saber se o restaurante estava funcionando. Senti-me anti-social ao responder laconicamente a ambas as perguntas. Minha cabeça está confusa, estou taciturno e calado. Bem que me seria de bom grado uma rapadura agora...

Wesley PC>

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