segunda-feira, 27 de setembro de 2010

“THERE’S SOMETHING IN THE BLOOD”!

Não obstante eu ter gastado uma quita considerável de meus dias de vida na vã ambição de encontrar alguém com quem possa compartilhar minhas ambições maritais extra-convencionais e ultra-românticas, somente por um breve período de três meses pude desfrutar desta ilusão. Quando finalmente pude efetivá-la como tal, fui visitado por amores cruéis de infância, que agora se mostraram extremamente tolerantes no plano sexual. Conversando com um “cunhado” sobre esta mudança radical de parâmetros desejosos, ele foi taxativo: “é que nosso cheiro muda quando estamos namorando, deve ser algo no sangue”... Na manhã de hoje, ouvi repetidas vezes a trilha sonora ‘in crescendo’ de John Murphy para o excelente filme “Extermínio” (2002, de Danny Boyle) – e, assim, tudo fez sentido!

O mundo real, porém, não se satisfaz com as nossas descobertas de sentido e lançam-nos em desafios ainda mais desagradáveis. E, na manhã de hoje, precisamente entre 8 e 13h, estive confinado entre as salas de espera de duas clínicas. TV ligada de forma altissonante numa emissora irritante (qual não é?), minha mãe preocupada me ligando de hora em hora, eu querendo ter certeza de que era merecedor do cruel silêncio que me impingiam, romance do William Faulkner entre as pernas... E nada de meu nome ser chamado! Existe algo no meu sangue... e este “algo” atende pela alcunha de PAIXONITE OBSESSIVA:

“E por você eu largo tudo: carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais, prá mim é tudo ou nunca mais
Exagerado, jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado”!


Wesley PC>

2 comentários:

tatiana hora disse...

acho que sei porque invento amores.
o mundo fica meio sem graça quando não estou apaixonada.

Pseudokane3 disse...

2,5