domingo, 8 de dezembro de 2013

A NUDEZ MÓRBIDA DE PIERRE PERRIER... OU A BELEZA ONÍRICA E AS INTERRUPÇÕES DO CIÚME!

Na madrugada de hoje, sonhei que estava hospedado em Recife. Fui assistir a uma palestra de uma amiga que vive na Paraíba, se não me engano, e compartilhava o quarto com um ator muito bonito e meu melhor amigo: o primeiro tomava banho vestido e se ensaboava por cima das roupas (pude constatar isso bisbilhotando-o por debaixo da fresta da porta do banheiro); o segundo tomava o meu tempo tentando convencer-me a roubar um aparelho de som no quarto ao lado, ocupado por traficantes de drogas. Havia muito vermelho no ambiente e a minha visão era panorâmica, como se eu estivesse olhando tudo da janela de um avião...

Acordei. Fui a um supermercado, pagar uma conta, e me deparei com dois homens armados com metralhadoras ao meu lado, protegendo o estoque de um caixa bancário automático. Voltei suado. Foi bom caminhar...

Planejo ver o último episódio da extraordinária telessérie francesa "Les Revenants" (2012) em alguns minutos. Por enquanto, só existe uma temporada realizada, com oito episódios. No sexto, o atormentado Simon (Pierre Perrier) é assassinado pelo novo marido de sua amada (vivida por Clotilde Hesme). Aparentemente, ele havia se suicidado no dia de seu casamento, dez anos antes de seu retorno como zumbi bonito. Quando conta à sua esposa que atirara em seu rival, o policial (Samir Guesmi) ouve dela o seguinte questionamento em voz embargada: "ele morreu?". Com voz firme e decidida, ele retruca: "ele já estava morto!". Vemo-lo nu no necrotério. Ele é posto numa gaveta e, mais à frente, faz sexo com uma mulher estranha, que se apresenta como sua "fada-madrinha". Há um nu frontal. Mas a cena é triste, a situação é plena de melancolia...

Este seriado é um grande achado. De fato, tem muito a ver com o universo de "Twin Peaks"(1990-1991), idealizada por David Lynch. Porém, o tom desta produção mais recente é ainda mais taciturno e bem menos investigativo. Cada vez gosto mais da garotinha Camille (Yara Pilartz), que, morta aos 15 anos, num acidente de ônibus, ainda era virgem e alimentava uma paixão platônica intensa por um jovem que fazia sexo com sua irmã. Outro garotinho encantador é o pequeno Victor (Swann Nambotin), assassinado há trinta e cinco anos durante um assalto à sua casa. Sem mencionar Julie (Céline Sallette), enfermeira amargurada, que sobrevivera a um ataque de um assassino serial com tendências canibalescas (Guillaume Gouix). Muito bom este universo de personagens: sentirei falta deles, como se, de fato, eles tivessem morrido, retornado à vida e, logo em seguida, morrido novamente...

Wesley PC>

Nenhum comentário: